A pandemia de Covid-19 trouxe, para a suinicultura brasileira, um cenário de incertezas e de muitos desafios no ano 2020. Depois de caírem com força entre Março e Abril, quando as recomendações de distanciamento social impactaram significativamente na procura de produtos de porco, os valores tanto do suíno vivo como da carne iniciaram um movimento de recuperação em Maio em todas os mercados acompanhados pelo Cepea.
O impulso veio das exportações de carne de porco, que bateram o anterior recorde (101,1 mil toneladas), e do aumento da procura interna. Nesse contexto, os preços do suíno vivo e da carne dispararam, atingindo, em Setembro, recordes reais em todas os locais que o Cepea acompanha e foi atingindo novos máximos nos meses seguintes.
Apesar do bom desempenho das exportações e dos preços recordes em parte do ano, o poder de compra do suinicultor em relação às principais matérias-primas da alimentação animal recuou em relação a 2019. Isto porque os valores do milho e do bagaço de soja subiram ainda com mais força em 2020, prejudicando as margens do produtor, principalmente no final do ano.
30 de Dezembro de 2020 / CEPEA / ESALQ / BRASIL.
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