De acordo com as estimativas da Confederação, o Produto Interno Bruto (PIB) do agroalimentar irá crescer 3% em 2021 (R$ 1,8 trilião) e o Valor Bruto da Produção Agro.Pecuária (VBP) 4,2%, superando RF$ 903 biliões.
Para 2020, a previsão para o PIB do agro-alimentar é de um crescimento de 9%, enquanto o VBP deve ter uma subida de 17,4%.
A Confederação continuará a actuar para evitar o aumento dos custos de produção da actividade agro-pecuária, com o objectivo de manter a competitividade do Brasil no comércio internacional e impedir uma subida dos preços dos alimentos para a população em função de um aumento da carga fiscal sobre os alimentos.
Neste contexto, a CNA acredita que a melhoria dos indicadores económicos brasileiros passa pela preservação dos instrumentos de financiamento da actividade produtiva e de políticas públicas que garantam a isenção tributária dos produtos do cabaz de compras.
Outros pontos determinantes serão os investimentos na produção, que cresceram em 2020, além da relação entre câmbio e custos de produção, que devem subir no próximo ano, principalmente devido aos factores de produção como fertilizantes, que têm preços em dólares, e ao preço do milho, um dos principais componentes das rações utilizadas na pecuária.
De acordo com a CNA, o aumento no preço dos alimentos foi impulsionado por um conjunto de factores com impactos em toda a cadeia produtiva. Entre eles está o aumento no custo de produção, principalmente com factores de produção (fertilizantes, herbicidas, ração).
Além disso, a alta nos preços internacionais dos alimentos de 10,9% entre Maio e Outubro (dados da FAO) e a desvalorização da taxa de câmbio (46,5%) também favoreceram o aumento dos preços no Brasil.
No cenário externo, as perspectivas são de retomada do crescimento no comércio mundial em médio prazo.
Na avaliação da CNA, em 2021, a China será um dos principais compradores de soja em grãos devido ao aumento do efectivo suíno do país asiático.
Segundo estimativas do USDA, haverá crescimento de 5% nas exportações de suínos, também para suprir a procura chinesa, levando em consideração que a produção do país ainda não deve ser totalmente retomada.
As exportações brasileiras somaram US$ 85,5 biliões até Outubro deste ano, crescimento de 5,7% em relação a 2019. Os cinco principais destinos foram China, União Europeia, Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul. Juntos, esses países representaram 63% das exportações do agro-alimentar brasileiro em 2020.
1 de Dezembro de 2020 / CNA / BRASIL.
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