O reconhecimento do Paraná e do Rio Grande do Sul pela Organização Mundial da Sanidade Animal (OIE) entre as novas áreas classificadas como livres de Febre Aftosa sem vacinação deverá abrir novas oportunidades para os exportadores de carne de porco do Brasil, avalia a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Os exportadores paranaenses e gaúchos do sector podem aumentar as suas vendas acima de 10% ainda este ano, podendo atingir até 35% em 2022, quando comparado com os volumes exportados em 2020. Para efeito comparativo, no caso do Rio Grande do Sul, há potencial para atingir até 293 mil toneladas este ano, gerando receita de aproximadamente US$ 715 milhões – mais 86 milhões do que em 2020. Em 2022, as vendas gaúchas poderão alcançar 350 mil toneladas, com uma receita cambial estimada de US$ 850 milhões. Como referência, em 2020 as exportações totais do Estado atingiram 261 mil toneladas com uma receita de US$ 629 milhões. No caso do Paraná, existe potencial para que o Estado exporte aproximadamente 145 mil toneladas em 2021, um acréscimo de mais de 5% em relação ao ano de 2020, com receitas estimadas da ordem de US$ 332 milhões. Para 2022, as estimativas indicam que poderão ser exportadas 165 mil toneladas com uma receita cambial de US$ 377 milhões.
Juntos, o Paraná e o Rio Grande do Sul poderão ter receita cambial superior a US$ 1,2 biliões em 2022, muito acima dos US$ 820 milhões alcançados em 2020. O Paraná e o Rio Grande do Sul somam-se aos Estados do Acre e da Rondônia e de parte do Amazonas e de Mato Grosso, que estão entre as novas áreas reconhecidas. Até agora, apenas Santa Catarina era detentora deste estatuto desde 2007.
31 de Maio de 2021/ ABPA/ Brasil.
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