Os produtores brasileiros de soja estão afastados do mercado nacional, evitando negociar grandes volumes da oleaginosa. Segundo informações do Cepea, esses agentes estão atentos à subida dos preços externos, que, por sua vez, está relacionada com a falta de chuva em áreas de soja nos Estados Unidos e à estimativa de menor produção na Argentina, que colheu o volume mais baixo das últimas três campanhas. Os vendedores brasileiros também estão com expectativa de aumento da procura interna nos próximos meses, uma vez que as indústrias indicam não dispor de stocks de longo prazo da matéria-prima. Quanto aos preços, estes continuam elevados. Entre 9 e 16 de Julho, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá subiu 3,25%, para R$ 170,39/sc de 60 kg no dia 16. No mesmo comparativo, o Indicador CEPEA/ESALQ Paraná subiu 3,13%, indo para R$ 165,25/sc de 60 kg.
Os preços do milho continuam em alta no mercado brasileiro, de acordo com pesquisas do Cepea. Na região de Campinas (SP), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa fechou a R$ 97,34/saca de 60 kg no dia 16, o que representa uma subida de 1,17% em relação ao dia 9, e de 8,67% em Julho. Com o baixo stock da produção de verão e as preocupações com a produtividade das culturas da segunda safra que estão a ser colhidas, os produtores continuam limitados à oferta de milho no mercado nacional e priorizando as entregas dos lotes negociados antecipadamente. No geral, segundo os investigadores do Cepea, os negócios no mercado são pontuais, ocorrendo de acordo com a necessidade dos compradores, que têm que aceitar os preços pedidos pelos vendedores.
19 de Julho de 2021/ CEPEA/ Brasil.
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