No Brasil, os preços do cereal estão acima dos registados no início de 2024, mas o mercado de futuros aponta para cotações mais baixas que as actuais. Já na Bolsa de Chicago, os contratos operam em valores inferiores dos registados no início de 2024 e não mostram sinais de recuperação para 2025.
Segundo o Cepea, no contexto doméstico, as cotações futuras mais baixas estão relacionadas com a expectativa de produção nacional em 2025 acima da de 2024. No caso dos valores externos, há certa estabilidade entre a oferta e a procura doméstica dos Estados Unidos, mas o excedente norte-americanos é amplo, o que, por sua vez, exige que as exportações do país sejam firmes, num ambiente de incertezas políticas devido ao novo governo.
BRASIL: O movimento de subida nas cotações no segundo semestre de 2024 nas principais regiões do Brasil pode atrair agricultores e resultar em aumento na sementeira na segunda safra de 2025. O cultivo mais acelerado das lavouras de verão, como a soja, abre a expectativa de sementeira da segunda safra de milho no período ideal. A perspectiva de maior produção é acompanhada por estimativas indicando consumo doméstico record, sobretudo por parte do sector de proteína animal e da crescente indústria de etanol de milho no Brasil. Um possível equilíbrio entre oferta e a procura deve vir com a redução nas exportações – as vendas externas podem ser limitadas pelo menor excedente doméstico.
MUNDO: Por enquanto, é esperada menor produção mundial e aumento no consumo e, consequentemente, redução na relação stock/consumo global, o que, por sua vez, pode trazer maior sustentação aos preços externos e aumentar o interesse dos agricultores brasileiros em negociar a mercadoria para o mercado externo.
6 de Janeiro de 2025 /CEPEA /Brasil.
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