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Foi realizada uma reunião, com vários ministros de países da América Latina, para debater as implicações do acordo assinado entre o Mercosul e a União Europeia (UE), após 25 anos de negociações.
Entre as oportunidades identificadas, destaca-se a possibilidade de diversificar mercados e consolidar os países do Mercosul como principais fornecedores de alimentos de alta qualidade para a UE. Além disso, o acordo poderia gerar incentivos para a modernização da produção agrícola, a incorporação de tecnologias sustentáveis e o fortalecimento das cadeias de valor regionais, impulsionando as exportações e reforçando a competitividade do sector na arena global.
No entanto, os ministros manifestaram também a sua preocupação com os desafios que este acordo implica. Um dos pontos críticos debatidos foi o impacto do Regulamento 1115 da UE relativo à desflorestação, cuja entrada em vigor foi adiada. Este regulamento impõe restrições ao comércio de produtos provenientes de zonas desflorestadas, o que poderá afectar significativamente as exportações agrícolas da região, em especial as ligadas à produção de carne, soja e outros produtos de base.
Em resposta a estes desafios, os Ministros concordaram que é essencial reforçar a cooperação entre os países da região para demonstrar à UE os avanços em matéria de sustentabilidade e as regulamentações nacionais que já garantem a conservação do ambiente. Destacaram também a importância de estabelecer um diálogo mais activo com os representantes europeus para garantir que as regulamentações comerciais não se transformem em barreiras injustificadas ao comércio agroalimentar do Mercosul.
Da mesma forma, no âmbito da COP 30, que terá lugar em Novembro no Brasil, foi sublinhada a necessidade de gerar consensos no sector agrícola regional para apresentar uma posição comum sobre sustentabilidade e produção agrícola à comunidade internacional.
11 de Fevereiro de 2025 | IICA | https://iica.int/es/
