O aumento da produção mundial de carne de porco irá desacelerar-se durante a próxima década, de acordo com "Perspectivas agrícolas OCDE-FAO 2016-2025".
A China proporcionará 50%, ou 7 milhões de toneladas, da produção adicional, ainda que o volume total seja significativamente menor em relação aos anos de persistente excesso de oferta da última década, de 11 Mt. O efectivo suíno da China reduziu-se de forma importante nos últimos três anos (uma descida de 25 milhões de porcos entre 2012 e 2015) como resultado da consolidação no sector, combinado com a aplicação da Lei de Protecção do Meio Ambiente da China que restringe a produção de porcos no sul do país, favorecendo a transferência da produção para o Norte. A América do Norte, depois de se recuperar dos efeitos prejudiciais da Diarreia Epidémica Suína (DES), contribuirá com 14% da oferta de carne de porco adicional. São observadas taxas de crescimento da produção durante o periodo estudado no Brasil, Federação da Rússia e Vietname. A produção na União Europeia crescerá marginalmente já que os mercados estrangeiros, incluindo uma menor procura de importações da China e da Federação da Rússia, não são encorajadores de uma ampliação do sector.
O consumo de carne de porco numa base per capita continua a ser relativamente estável durante o periodo analisado com um consumo que alcança níveis saturados para a maioria dos países desenvolvidos. Dentro dos países em desenvolvimento, no entanto, o consumo per capita de carne de porco continuará a sua expansão com crescimentos na Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. O consumo de carne de porco cresceu rapidamente nos últimos anos na América Latina, impulsionado pelo aumento da produção nacional, a melhoria da qualidade e os preços relativos favoráveis que posicionaram a carne de porco como uma das carnes preferidas junto à carne de ave.
Segunda-feira, 4 de Julho de 2016/ FAO.
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