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Descida nas exportações europeias de carne de porco

Espera-se que a queda das exportações de carne de porco da UE seja menor em 2018 (-2%), graças a um pequeno aumento da produção.

O aumento das exportações de carne de porco da UE impulsianadas pela procura da China continuou até Março de 2017. A diminuição esperada começou em Abril, com uma redução de 23% nas exportações da UE em comparação com Março de 2017 e de 30% em comparação com Abril de 2017. Existem três factores principais: o aumento dos preços da UE, o que faz com que a carne de porco seja menos competitiva nos mercados de exportação; uma queda na procura global das importações da China (-14% em Abril); e a suspensão temporária (agora levantada) de licenças para exportação para a China de dois grandes processadores alemães. O Canadá foi quem mais beneficiou da situação, convertendo-se no segundo maior exportador para a China em Abril, depois da Espanha, com 20300 t (uma quota de 19%, +96% que o ano anterior). Contudo, em finais de Maio, a China detectou ractopamina, um promotor de crescimento proibido, numa carga de chispes e unhas de porco proveniente do Canadá, o que pode levar, pelo menos, a uma proibição temporária das exportações canadianas. As exportações para a China, de todos os principais exportadores da UE, cairam em Abril. A quota da Dinamarca caiu para 7,5%, a da Alemanha para 8%, a dos Países Baixos para 8% (contra os 22% dos primeiros 3 meses de 2017) e a de Espanha para 21%.

O primeiro trimestre de 2017 registou um crescimento significativo das exportações para outros destinos, como o Japão (+9%), Hong Kong (+42%), Coreia do Sul (+39%), Estados Unidos (+21%) e Austrália (+8%). Contudo, a tendência tornou-se negativa em Abril (-24% para os 5 países, em comparação com Março e -13%, em comparação com o ano anterior). Em geral, ainda que se espere que a procura mundial de carne de porco em 2017 seja similar à do ano anterior, as exportações de carne de porco da UE ver-se-ão afectadas (-9%) pela redução da disponibilidade e pelos preços internos mais altos associados a esta redução de procução. Isto faz com que outros grandes exportadores, ou seja, Estados Unidos, Canadá e Brasil, sejam mais competitivos. No caso do Brasil, dependerá do que suceda como resultado do escândalo da carne. Ainda que a China tenha levantado as restrições associadas em Março e Hong Kong também o tenha feito em parte, as exportações brasileirs cairam 59% em Abril para a China e 41% para Hong Kong, em comparação com o ano anterior. Prevê-se que a diminuição das exportações de carne de porco da UE será menor em 2018 (-2%), graças a um pequeno aumento da produção (supondo que a proibição russa de importação iniciada em Março de 2014 permaneça vigente até 2018).