A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA), em resposta a um pedido da Comissão Europeia, publicou um parecer científico sobre os riscos para a saúde animal relacionados com a presença, nas rações, de fumonisinas e as suas formas modificadas e ocultas, produzidas principalmente pelos fungos Fusarium verticillioides e Fusarium proliferatum, que se produzem principalmente em cereais, especialmente no milho.
As fumonisinas B1 (FB1), FB2 e FB3 são as formas mais comuns de fumonisinas nas rações, têm o mesmo modo de acção e um perfil e potencial toxicológico semelhante e foram incluídas na avaliação realizada pela EFSA.
Para as fumonisinas, o painel da EFSA identificou um "Nível Sem Efeito Adverso Observável" (NOAEL) para o gado bovino, suíno, aves (frango, patos e perús) e cavalos e um "Nível Mínimo de Efeitos Adversos Observáveis" (LOAEL) para peixes (extrapolados da carpa) e para os coelhos. Não se conseguiram identificar pontos de referência para ovelhas, cabras, cães, gatos. A exposiçao dietética às FB 1-3 foi avaliada em 18140 amostras de rações que representavam a maioria das matérias-primas alimentares com presença potencial de fumonisinas. As amostras foram recolhidas entre 2003 e 2016 procedentes de 19 países europeus diferentes, se bem que a maioria procedentes de quatro Estados Membros.
Para os porcos, o risco de efeitos adversos para a saúde do consumo de rações que contêm fumosinas foi considerado baixo para os porcos expostos a níveis médios, mas de possível preocupação para os animais expostos a níveis no percentil 95.
É recomendado fazer mais estudos e recolher mais dados sobre a presença e os efeitos adversos das fumonisinas modificadas e ocultas, assin como chegar a um método de consenso para a determinação analítica das fumonisinas ocultas.
Sexta-feira, 25 de Maio de 2018/ EFSA/ União Europeia.
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