Devido ao aumento no interesse dos potenciais benefícios do uso dos insectos como matéria-prima para a elaboração de rações para alimentação animal, a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) acaba de emitir a sua opinião científica sobre os possíveis riscos.
Segundo a EFSA, a possível presença de perigos biológicos e químicos nos alimentos e rações derivados de insectos dependerá dos métodos de produção, do substrato de que se alimentem os insectos, da etapa do ciclo de vida na que se recolham os insectos, das espécies de insectos, bem como dos métodos utilizados para o seu posterior processamento.
A EFSA conclui que quando os insectos não processados são alimentados com rações autorizadas actualmente, espera-se que o possível aparecimento de perigos microbiológicos seja similar à associada com outras fontes não processadas de proteína. Há poucos dados disponíveis sobre a transferência de contaminantes químicos de diferentes tipos de substrato para os próprios insectos.
O aparecimento de priões - proteínas anormais que podem provocar doenças como a encefalopatia espongiforme bovina (BSE) em bovinos e a Doença de Creutzfeldt-Jakob em humanos - espera-se que seja igual ou inferior se o substrato não incluir proteína derivada de seres humanos (dejectos) ou de ruminantes.
O parecer científico também considera os possíveis periros associados a outros tipos de substrato, como os restos de cozinha e o esterco animal.
Também se espera que o risco ambiental relacionado com a criação de seja comparável a outros sistemas de produção animal. As estratégias de gestão dos resíduos devem ser aplicáveis para a eliminação dos resíduos fruto da produção de insectos.
Quinta-Feira, 8 de Outubro de 2015/ EFSA/ União Europeia.
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