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Durante a Conferência Sectorial de Agricultura e Desenvolvimento Rural, foi aprovado o Plano Nacional contra as Resistências aos Antibióticos 2019-2021, que dará continuidade aos trabalhos desenvolvidos em 2014-18, aplicando o foco de “uma só saúde” (“One health”), com o objectivo de reduzir o crescimento das resistências aos antibióticos e o seu impacto na saúde.
Este Plano, que foi aprovado em paralelo pelo Conselho Interterritorial do Sistema Nacional de Saúde (CISNS), continuará a avançar na base construída pelo primeiro com o objectivo de travar o crescimento da resistência aos antibióticos e o seu impacto na saúde de toda a população. Para isso, colocam-se duas estratégias: reduzir o consumo de antibióticos e diminuir a necessidade de utilizar estes tratamentos em medicina humana e veterinária. A metodologia do PRAN 2019-2021 manterá as seis linhas estratégicas vigentes (vigilância, controlo, prevenção, investigação, formação e comunicação), bem como o sistema de grupos de trabalho.
As acções mais destacadas do novo PRAN na área da sanidade animal incluirão a melhoria da vigilância do consumo de antibióticos veterinários através do Projecto ESVAC, a melhoria da vigilância das resistências (bactérias zoonóticas, comensais e agentes patogénicos clínicos) e a ampliação dos Programas REDUCE para o uso prudente dos antibióticos em diferentes sectores pecuários. Também se destaca a entrada em funcionamento do sistema nacional de recolha de dados de prescripção veterinária de antibióticos (PRESVET) desde o 1 de Janeiro de 2019, que permitirá dispor de dados reais sobre o consumo de antibióticos por exploração e por espécie.
Avanços no consumo e consciencialização
Entre os resultados alcançados destacam-se os relacionados com o consumo de antibióticos. De acordo com os dados estimados do PRAN, entre 2016 e 2017 registou-se uma redução de 4,34% no consumo total de antibióticos em saúde humana, o que representa uma mudança na tendência crescente que se registava desde o ano 2012. Em 2017 foi lançada a ferramenta online Mapas de Consumo, a primeira que permite consultar todas os dados de consumo de antibióticos em saúde humana por âmbito, ano e tipo de antibiótico.
Na área veterinária, o consumo de antibióticos registou uma redução estimada de 14 % entre 2014 e 2016, com um impulso muito destacado na descida dos Programas REDUCE. Em suinicultura aderiram a este programa 55 empresas que representam 80 % do sector e já registaram uma redução de 85,8 % no consumo total de colistina, antibiótico de importância crítica para a saúde humana.
Por outro lado, os resultados do Eurobarómetro 2018 sobre o conhecimentos dos cidadãos acerca dos antibióticos e das tendências gerais do seu uso reflectem que a percentagem de espanhóis que pensa, erradamente, que os antibióticos curam as constipações baixou desde os 45 % registados em 2016 para 36 %, uma das maiores reduções registadas na União Europeia. Também baixou de 47 para 42 % a percentagem de inquiridos que confirmam ter tomado antibióticos nos últimos 12 meses.
Em qualquer caso, a Espanha continua a superar a média registada para estes indicadores na Europa e continua entre os países que mais antibióticos consomem. De acordo com os números do Registo do Conjunto Mínimo Básico de Dados (CMBD), cerca de 3000 pessoas morrem todos os anos em Espanha em consequência de infecções hospitalares causadas por bactérias resistentes, mais do dobro das mortes provocadas por acidentes rodoviários.
Segunda-Feira, 4 de Março de 2019/ Plano Nacional Resistência Antibióticos/ Espanha/ http://www.resistenciaantibioticos.es
Martes, 12 de marzo de 2019/ MAPA/ España/ https://www.mapa.gob.es
