Os destaques dos últimos relatórios de estimativa para grãos e oleaginosas divulgados pelo USDA em 9 de Dezembro são os seguintes:
Milho
- A produção mundial de milho atingirá 1161,9 milhões de toneladas (Mt), número que significa uma queda de 4,5% em relação à campanha 2021/22 (1216,9 Mt) em função da redução de produção dos países produtores como é o caso dos Estados Unidos, da União Europeia e da Ucrânia.
- Para os Estados Unidos, a produção ficará em cerca de 353,8 Mt, caindo 7,6% em relação à campanha anterior (382,9 Mt), enquanto que a China aumentará a sua produção em 0,5%, chegando às 274 Mt. Já a produção na União Europeia diminuirá 23,6% para os 54,2 Mt, enquanto que a Ucrânia, com 27,0 Mt, apresentará uma redução de 35,9%.
- As estimativas de produção para as campanhas da América do Sul não apresentaram alterações em relação ao relatório de Novembro, mantendo um crescimento de 8,6% para o Brasil com 126 Mt e um aumento de 6,8% para a Argentina com 55 Mt.
- As exportações mundiais de grãos cairiam 10,3%, passando de 202,5 Mt na campanha 2021/22 para 181,6 Mt no novo ciclo. devido à queda nas exportações da Ucrânia (-35,1%), União Europeia (-63,3%) e Estados Unidos (-16,0%).
- A oferta exportável da América do Sul permanece inalterada em relação ao relatório de Novembro, aumentando 5,6% para o Brasil com 47 Mt, enquanto para a Argentina as exportações cresceriam 12,3% com 41 Mt.
- A procura importadora da China para o milho será de 18 Mt, o que significa uma queda de 17,7% em relação à temporada anterior (21,9 Mt). A União Europeia, Vietname, Malásia e Perú aumentarão as suas importações nas taxas de 8,7%, 5,4%, 3,3% e 7,7%, respectivamente.
- Os stocks finais irão cair 2,8% em todo o mundo, atingindo os 298,4 Mt. De facto, para a Índia, União Europeia, Canadá, Estados Unidos e China, os stocks cairiam 33,9%, 26,2%, 20,4%, 8,7% e 1,4%, respectivamente, enquanto que para o Brasil, Ucrânia, Egipto e Irão os stocks crescerão 66,6%, 35,3%, 15,5% e 13,7% respectivamente.
Soja
- A produção mundial de soja para a campanha 2022/23 aumentará 10,0% em relação ao ciclo anterior, passando de 355,6 para 391,2 Mt.
- As estimativas para as campanhas da América do Sul mantêm um aumento de 19,7% para o Brasil, que chegará às 152 Mt, enquanto que para a Argentina é ratificado um aumento de 12,8% com uma produção de 49,5 Mt.
- O Paraguai aumentará a sua produção 138,1% em relação à campanha 2021/22 (4,2 Mt), atingindo uma produção de 10 Mt, que indica um regresso aos níveis habituais até ao ciclo 2020/21.
- Neste novo relatório, projecta-se uma produção de 118,3 Mt para os Estados Unidos, o que representa uma queda de 2,7% em relação ao ciclo 2021/22, quando foram atingidas 121,5 Mt.
- A actividade exportadora será liderada pelo Brasil com 89,5 Mt, crescendo 13,1% em relação ao ciclo anterior (79,1 Mt), enquanto que os Estados Unidos atingirão um volume de exportação de 55,7 Mt, valor que representa uma queda de 5,2% em relação à campanha passada (58,7 Mt).
- Para a Argentina, as exportações são projectadas para 7,7 Mt, o que significará um crescimento de 169,1% em relação à campanha 2021/22 (2,9 Mt).
- A China importará 98 Mt, crescendo 7,0% em relação ao ciclo 2021/22 (91,6 Mt).
- Os stocks finais da oleaginosa terão um aumento global de 7,5%, atingindo os 102,7 Mt. Porém, para os Estados Unidos, Irão, Índia e China, os stocks cairão 19,6%, 11,4%, 0,9% e 0,9% respectivamente, enquanto que para o Paraguai, Canadá, Ucrânia, Brasil e União Europeia, os stocks aumentarão 339,8%, 52,1%, 41,7%, 33, 2% e 8,7%, respectivamente.
Redação Departamento de Economia e Mercados 333 América Latina com dados da USDA | Estados Unidos. https://apps.fas.usda.gov/