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No primeiro trimestre de 2021, as exportações de soja dos Estados Unidos atingiram o segundo valor mais elevado cmn $7,7 mil milhões, quase o dobro do que o registado no mesmo período do ano anterior. Este crescimento foi impulsionado pelos volumes record de exportação do primeiro trimestre juntamente com os elevados preços, que tem estado a subir de forma constante desde o ano passado. Os volumes de exportação aumentaram substancialmente devido ao aumento do comércio com a China, em consequência da eliminação das taxas aduaneiras, da recuperação do efectivo suinícola após a Peste Suína Africana (PSA), e a atrasos na colheita na América do Sul que alarga as oportunidades de venda dos EUA. Os valores de exportação viram-se suportados pelo aumento dos preços da soja norte-americana para máximos de 7 anos devido às fortes compras da China, dos elevados preços do milho e da escassez de fornecimento dos Estados Unidos e da América do Sul.
O ressurgimento das importações da China foi o principal motor de crescimento na segunda metade de 2020 e no primeiro trimestre de 2021 para a soja norte-americana. O aumento do efectivo suinícola na China aumentou a procura de ração. Além disso, a implementação da primeira fase do Acordo entre os Estados Unidos e a China em Fevereiro de 2020 reduziu algumas barreiras comerciais e permitiu um maior acesso ao crescente mercado chinês por parte dos suinicultores norte-americanos. Contudo, os Estados Unidos não sentiram um aumento das exportações para a China até à segunda metade de 2020, depois de que as compras chinesas tivessem esgotado o fornecimento de soja do Brasil. Sem praticamente a concorrência do Brasil e com a China a importar soja a um ritmo record, os Estados Unidos exportaram volumes e valores record de soja na segunda metade de 2020.
No primeiro trimestre de 2021, tanto os Estados Unidos como o Brasil, cujas exportações representam cerca de 85% do movimento mundial de soja, tiveram um aumento de mais de 50% no preço médio de exportação de soja desde o primeiro trimestre de 2020.
Parte do crescimento constante dos preços foi a recuperação, mais rápida do que o esperado da PSA na China e o consequente crescimento das importações de soja. A China comprou a maior parte da colheita 2019/20 de soja brasileira, forçando as existências finais (31 de Janeiro de 2021) por baixo de 2 milhões de toneladas pela primeira vez em quase 20 anos. A escassez de fornecimento impulsionou os preços mundiais em alta e exerceu uma enorme pressão sobre a próxima colheita 2020/21 dos EUA. Os picos do preço do milho norte-americano, desde Agosto de 2020, também impulsionou o crescimento dos preços da soja.
29 de Junho de 2021/ USDA/ Estados Unidos.
https://www.fas.usda.gov/
