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De acordo com o relatório de "Perspectivas dos mercados agrícolas da UE 2015-25" publicado pela Comissão Europeia, após uma grande recuperação em 2014 e 2015, espera-se que aumente a produção de carne de porco em menos de 2% em 2025 em comparação com 2015. Num contexto de lento declive no consumo interno, espera-se que aumentem as exportações de carne de porco de forma constante com o apoio de uma procura mundial sustentada e uma ligeira melhoria dos preços.
Espera-se que a procura mundial de importações de carne de porco se mantenha forte, mas com um crescimento mais lento em comparação com a década anterior (2% anual versus 3,1%) alcançando os 8,8 milhões de toneladas em 2025, apoiada por uma procura sustentada maioritariamente por parte dos sócios comerciais da UE existentes na Ásia e África Sub-sariana. Grande parte deste crescimento pode ser atribuído especificamente à China, onde a procura de importações se prevê que duplique entre 2015 e 2025 (cerca de 650.000 toneladas adicionais). Ainda que seja suposto que a Rússia continue a proibir as importações de produtos suínos até finais de 2016, os ambiciosos objectivos de autosuficiência do país e a diminuição do poder de compra conduzirão, em todo o caso, a uma redução das importações procedentes da UE ainda que a proibição seja levantada. Por outro lado, com o objectivo de garantir as importações, a Rússia encontrou outros fornecedores, como a Coreia do Sul e o Brasil. Em relação aos Estados Unidos, outro dos principais países exportadores de carne de porco a nível mundial, após uma ligeira queda nas exportações, é provavel que, durante o periodo das perspectivas, estas aumentem incentivadas por um câmbio dólar/ euro favorável. Em vista do anterior, espera-se que as exportações da UE aumentem em quase 27% (ou 550.000 t) entre 2015 e 2025, para chegar às cerca de 2,6 milhões de toneladas no fim do periodo das perspectivas. Isto também reflete a crescente dependência das exportações por parte do mercado suíno da UE .
Relativamente à produção de carne de porco na UE, a Alemanha, a Espanha, a França, a Polónia, a Dinamarca, a Itália e a Holanda pressupõem mais de 75% da oferta total de carne de porco da UE. Entre estes sete, prevêem-se aumentos da produção na Alemanha, Espanha, Polónia e Holanda, enquanto na Dinamarca e Itália espera-se uma ligeira descida. No total, os sete países aumentarão a produção em volta de 300.000 toneladas (1,6%) durante o periodo 2015-2025, enquanto a produção no resto da UE aumentará apenas ligeiramente. O crescimento da produção projectada é sensível ao ano base (neste caso 2015). A produção de carne de porco em Espanha e na Polónia aumentou em mais de 10% no período 2013-2015, enquanto no mesmo periodo o aumento foi de menos de 2% nos outros Estados Membros da UE. Dado que a procura interna está a diminuir, o crescimento adicional da produção na UE implica que o sector suíno europeu seja cada vez mais dependente dos mercados de países terceiros.
Dezembro de 2015/ DG Agriculture/ União Europeia.
http://ec.europa.eu/agriculture
