Os recursos genéticos envolvem diversidade nas plantas, animais, recursos aquáticos, microorganismos e invertebrados, que têm um papel importante na produção alimentar e agrícola.
Se adequadamente conservados, por exemplo, os recursos genéticos das plantas podem fornecer sementes que possam tolerar ou mesmo prosperar em ambientes áridos, gelados, inundados ou solos salinos. As raças de gado criadas em condições adversas por longos periodos de tempo tendem a adquirir características que lhes permitem vigar nestas condições.
Directrizes preenchem o vazio
Actualmente, não há nenhuma abordagem adoptada que permita integrar toda a biodiversidade da agricultura num planeamento estratégico de adaptação às mudanças climáticas. As directrizes destinam-se a preencher este vazio. Vão ajudar os países a lidar com dimensões de recursos genéticos no desenvolvimento ou na actualização de seus Planos Nacionais de Adaptação.
"Temos que assegurar e mobilizar os recursos genéticos agora, para termos opções para o futuro - temos que ter conservação efectiva com informação e utilização - e temos que planear. É necessário financiamento para apoiar os países nestes processos", disse Irene Hoffmann, secretária da Comissão Intergovernamental dos Recursos Genéticos para Alimentação e Agricultura da FAO.
Dado que todos os países dependem da diversidade de recursos genéticos de outros países e regiões, a cooperação internacional e troca desses materiais é crucial. Com vista a isto, a Comissão está a negociar o Tratado Internacional de Recursos Genéticos das Plantas para Alimentação e Agricultura, que permite aos investigadores e criadores aceder aos recursos genéticos de outros países.
Terça-feira, 24 de Novembro de 2015/ FAO.
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