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A FAO prevê um aumento da produção e uma diminuição do comércio de carne de porco

Segundo o último relatório da FAO sobre Perspectivas Alimentares, prevê-se que a produção mundial de carne sofra um aumento de 1,1% em 2015, para atingir os 318,8 milhões de toneladas.

16 Outubro 2015
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Segundo o último relatório da FAO sobre Perspectivas Alimentares, prevê-se que a produção mundial de carne sofra um aumento de 1,1% em 2015, para atingir os 318,8 milhões de toneladas, com os maiores aumentos esperados na UE, nos Estados Unidos e na Federação Russa. Prevê-se que o sector avícola impulsione este aumento global, seguido da carne de porco.

Aumento da produção de carne de porco em todas as regiões



A FAO prevê um aumento de 1,3% na produção mundial de carne de porco, atigindo 118,8 milhões de toneladas em 2015, uma redução do aumento em comparação com a média de 2,1% registado nos dois anos anteriores.

  • A travagem na China, que representa quase a metade da produção mundial, é a principal razão para a desaceleração. Uma relação preço ração-carne de porco desfavorável no país e as novas regulamentações ambientais deram lugar a uma redução do efectivo de porcas reprodutoras, com uma paragem no crescimento. A produção em 2015 estima-se em 57,1 milhões de toneladas, -0,2% que no ano anterior.
  • Noutras regiões da Ásia, como o Vietname, Filipinas e Indonésia, espera-se que aumente a produção enquanto que no Japão e na Coreia do Sul, afectadas pelos surtos de Diarreira Epidémica Suína (DES) do ano passado, que reduziu o número de leitões, poderão observar-se aumentos mas apenas durante o final de 2015 - o que resulta num baixo aumento da produção para o total de 2015.
  • A recuperação dos efeitos da DES foi mais rápida nos Estados Unidos, onde a produção pode terminar o ano 6,1% acima, com 11 milhões de toneladas e no México, onde se prevê que a produção aumente 3,9% para 1,3 milhões de toneladas. Em ambos casos, os baixos preços das rações estimularam o crescimento.
  • Noutras regiões da América prevê-se uma queda nos custos de alimentação que aumentará a produção no Canadá e no Brasil.
  • Na UE espera-se que se mantenha a expansão observada no ano passado, com base tanto no aumento do efectivo de mães como nos ​​pesos de abate.
  • Na Federação Russa prevê-se que o ritmo de crescimento da produção de carne de porco aumente, devido ao investimento e à crescente importância das explorações de grande tamanho.

Diminuição do comércio pelo terceiro ano consecutivo



Espera-se que o comércio de carne de porco em 2015 diminua pelo terceiro ano consecutivo, retrocedendo 0,6%, se bem que esta redução seria menor que nos dois anos anteriores. O factor principal que contribui para esta queda é a redução na procura de importações pela parte da Federação Russa.

fao pigmeat exports
 

  • O aumento da produção nacional de carne de porco na Rússia significa uma diminuição do abastecimento a partir dos fornecimentos externos desde 2012, quando as importações atingiram o máximo de 1,089 milhões de toneladas. Este processo viu-se agravado em 2014 com a aplicação da proibição para as importações procedentes de vários países. Como consequência, prevê-se que as entradas de carne de porco para a Rússia sejam na ordem das 297000 toneladas em 2015, - 45% que em 2014 e uma diminuição de dois terços em comparação com 2012. Se bem que as compras totais se tenham reduzido significativamente, as importações russas de alguns países não sujeitos à proibição aumentaram, principalmente as procedentes do Brasil e da Bielorrússia, mas também do Chile e da Sérvia. Espera-se também que diminuam as importações do Japão, Vietname e Angola.
  • Pelo contrário, prevê-se um aumento nas compras de carne de porco por parte de alguns países como os Estados Unidos, a Coreia do Sul, o México, a China e a Austrália, ainda que não o suficiente para contrariar as reduções noutras zonas.
  • À parte da UE, para todos os outros grandes exportadores - Estados Unidos, Canadá e Brasil - prevê-se uma diminuição dos envios para 2015, em resultado de uma debilidade geral da procura internacional de carne de porco. No caso da UE, o forte crescimento da produção e os preços competitivos conduzirão a um aumento de 5% nas exportações.
  • Um exame mais detalhado dos dados do comércio revela que os exportadores afectados se estão a adaptar à proibição imposta pela Rússia procurando mercados alternativos. Por exemplo, a UE reorientou as suas exportações para a Ásia, mas também para África, Oceania e América do Norte. Do mesmo modo, após a proibição, o Canadá aumentou as vendas para os Estados Unidos, México, Oceania e África do Sul.

 

Quinta-Feira, 8 de Outubro de 2015/ FAO.
http://www.fao.org

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