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FAO: maior conhecimento dos porcos de detenção caseira é chave na luta contra a PSA

A Peste Suína Africana é um dos principais desafios da sanidade animal em todo o mundo, como o demonstram os recentes surtos na China e na União Europeia.

16 Novembro 2018
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A ausência de uma estratégia de controlo efectiva deve-se, em parte, à ausência de uma vacina ou tratamento, mas principalmente à dificuldade de controlar a propagação da doença através dos porcos que estão alojados em sistemas com baixa biossegurança, como é o caso das pequenas explorações comerciais ou nas caseiras onde as famílias têm porcos em casa, principalmente para consumo pessoal ou para a obtenção de alguma receita extra.

Em resposta a esta situação, a FAO desenvolveu uma metodologia, baseada em dois conjuntos de questionários, para ajudar a saber mais sobre como operam estas cadeias de valor tanto dos animais como da carne de porco: um para os suinicultores e outra para os talhantes, que são peça-chave na comercialização dos porcos de detenção caseira e dos seus produtos. Estes sistemas de produção são predominantes na maioria dos países da região da Europa do Leste e da Ásia Central, mas também noutras partes do mundo.

No total, 487 suinicultores e 116 talhantes da Geórgia foram entrevistados utilizando questionários sobre temas socio-económicos relacionados com a produção de suínos, as práticas de produção, a biossegurança, a comercialização e os movimentos, bom como a consciencialização sobre a doença.

A análise dos questionários permitiu aos investigadores quantificar as brechas na biossegurança e os comportamentos de risco, desenvolver perfis de risco e identificar pontos críticos de controlo em toda a cadeia de comercialização onde se poderão implementar medidas de mitigação.

Esta informação pode-se utilizar para desenvolver intervenções direccionadas, realistas e sustentáveis de prevenção e controlo da doença, não só para a Peste Suína Africana, como também para muitas outras doenças dos suínos que se propagam de forma similar, como sejam a Peste Suína Clássica e a Febre Aftosa ou o Síndroma Reprodutivo e Respiratório Suíno.

Deste trabalho, foram publicados dois artigos científicos. Um analisa o sector suinícola e as suas implicações para a propagação de doenças (Descriptive and multivariate analysis of the pig sector in Georgia and its implications for disease transmission) enquanto que o outro se centra nos padrões comerciais (Modeling the live-pig trade network in Georgia: Implications for disease prevention and control).

Quinta-Feira, 11 de Outubro de 2018/ FAO.
http://www.fao.org

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