A Iniciativa sobre o controlo mundial da Peste Suína Africana, que arrancou recentemente no contexto do Âmbito Mundial para o Controlo Progressivo das Doenças Transfronteiriças dos Animais, presta apoio a actores de todos os níveis para coordenar e reforçar as medidas de controlo destinadas a reduzir ao mínimo os efeitos desta complexa doença, que coloca muitas dificuldades.
A FAO e a OIE reunirão governos, representantes do sector e especialistas para apresentar a Iniciativa pela primeira vez num forum mundial englobado no acto de Chamada à Acção
(26-30 de Outubro).
A propagação da PSA não parece estar a reduzir-se. Esta doença contagiosa provocou a perda de mais de 7 milhões de suínos apenas na Ásia e propagou-se velozmente na região. Mais de 50 países da África, Ásia e Europa estão actualmente afectados e, nas Américas, está-se a tentar evitar a entrada da doença no seu território.
Nenhum sector ou país pode conseguir, por si só, o controlo mundial da PSA. Através de esforços coordenados, todos os actores da cadeia suinícola que se unam à Iniciativa sobre o controlo mundial da Peste Suína Africana do Âmbito Mundial para o Controlo Progressivo das Doenças Transfronteiriças dos Animais, podem ajudar a:
- proteger os meios de vida de comunidades vulneráveis;
- salvaguardar a sanidade e o bem-estar dos animais;
- contribuir para estabilizar os preços do sector da produção suína, bem como os da carne e das rações, no comércio regional e internacional, contribuindo desse modo para a segurança alimentar;
- velar pelo acesso das pessoas à nutrição a fim de garantir vidas saudáveis e promover o bem-estar.
Fazendo parte da Iniciativa sobre o controlo mundial da Peste Suína Africana do Âmbito Mundial para o Controlo Progressivo das Doenças Transfronteiriças dos Animais, a FAO e a OIE pedem aos Membros e Associados para:
- levar a cabo análises de risco a nível nacional e reforçar a gestão de risco, com inclusão de planos de contingência e políticas de prevenção, detecção precoce, resposta rápida e compensação para apoiar a recuperação do sector;
- manter um elevado nível de sensibilização relativamente à mitigação de riscos da PSA entre os agricultores, veterinários, talhantes, caçadores, fornecedores de factores de produção e outros agentes interessados na cadeia de valor;
- fomentar e apoiar a aplicação de boas práticas de biossegurança, que são essenciais para evitar uma maior propagação da PSA;
- reforçar e manter a inspecção fronteiriça para a prevenção da propagação da doença entre os países devido a práticas ilegais tais como o contrabando de carne de porco, produtos de suíno e animais vivos durante as viagens e a migração;
- ultimar os trabalhos de investigação, desenvolvimento e validação de possíveis vacinas contra a PSA, bem como da estratégia de vacinação relacionada;
- apoiar a melhoria dos diagnósticos laboratoriais e as ferramentas de detecção rápida da PSA;
- produzir uma abordagem holística para o controlo da PSA na fauna silvestre, tendo em conta todos os tipos de suínos;
- fomentar a solidariedade e a cooperação entre países com diferentes graus de experiência, recursos e capacidade para a prevenção e o controlo da PSA;
- fomentar as associações entre os sectores público e privado para que se façam investimentos na mitigação e na gestão dos riscos relacionados com a PSA.
26 de Outubro de 2020/ FAO.
http://www.fao.org/