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FAO pede acção internacional contra à resistência aos antibióticos

Aparte das considerações sobre a saúde humana, o aparecimento de micróbios resistentes aos antibióticos e outros agentes farmacêuticos ameaça a saúde dos animais e, portanto, tem um impacto nos meios de vida rurais e segurança alimentar.

11 Fevereiro 2016
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A resistência aos antimicrobianos (AMR, pelas suas siglas em inglês) é uma ameaça emergente para a saúde pública que requer um esforço coordenado a nível mundial frente ao risco que acarreta para a segurança alimentar, advertiu a Directora Geral Adjunta da FAO, Helena Semedo.

Aparte das considerações sobre a saúde humana, o aparecimento de micróbios resistentes aos antibióticos  e outros agentes farmacêuticos ameaça a saúde dos animais e, portanto, tem um impacto nos meios de vida rurais e segurança alimentar. “A AMR é uma ameaça global que, neste mundo interligado, não pode ser apenas resolvido na Europa", advertiu Semedo.

Necessidade de garantir a segurança alimentar



Para ajudar a combater a AMR e cumprir os seus objectivos estratégicos fundamentais -erradicar a fome e a pobreza rural, uma agricultura sustentável e meios de vida mais resilientes- a FAO opera em múltiplas frentes. Por um lado trabalha em estreita colaboração com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE) - também presentes na Conferência de Amsterdão - assim como a nível global mediante as directrizes sobre inocuidade alimentar, o Codex Alimentarius e programas específicos sobre o terreno em dezenas de países em todos os continentes.

Se bem que tenha felicitado o interesse da Europa na causa e da Holanda, em particular, por reduzir a quantidade de medicamentos utilizados no seu próspero sector pecuário em quase 60% nos últimos anos, Semedo assinalou que "o verdadeiro desafio pela frente é transferir esses esforços para os países necessitados e com escassos recursos". “O risco da AMR é muito alto em países onde a legislação, a vigilância, a prevenção e acompanhamento são escassos ou inadequados”, referiu.

Tendo em conta a velocidade das viagens hoje em dia, um organismo com AMR num país pode chegar a outro em poucas horas, o que põe em relevo os benefícios que obteriam todos os países investindo em aumentar a consciencialização sobre a AMR, fortalecendo os seus sistemas de saúde pública e veterinária e melhorando a higiene ao longo da cadeia de produção alimentar para garantir a inocuidade nos mercados.

Tendo em conta que 7 em cada 10 novas doenças humanas que se descobrem são de origem animal, Semedo sublinhou o carácter primordial das prácticas agrícolas e dos sistemas alimentares nos esforços por controlar a AMR, reforçando o compromisso da FAO com a abordagem "Uma Saúde" (“One-Health”) que vincula seres humanos, animais e meio ambiente.

“A FAO conta com uma posição única para contribuir para o esforço internacional para enfrentar a resistência aos antimicrobianos”, concluiu Semedo.

 

Quarta-feira, 10 de Fevereiro de 2016/ FAO.
http://www.fao.org

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