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FAO prevê fortes diminuições de reservas mundiais de cereais

Embora a previsão para a produção mundial de cereais aumente, as existências devem cair drasticamente e o comércio deve superar as previsões anteriores.

9 Fevereiro 2021
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O Índice de Preços de Cereais da FAO mostrou um forte aumento mensal de 7,1%, impulsionado pelos preços internacionais do milho, que subiram 11,2% e estão actualmente 42,3% acima do nível de Janeiro de 2020, reflectindo a oferta global cada vez mais limitada em face de grandes compras pela China e estimativas de produção e existências Norte-americanas abaixo do esperado, além da suspensão temporária dos registos de exportação de milho na Argentina. Os preços do trigo subiram 6,8%, puxados para baixo pela forte procura global e expectativas de vendas reduzidas da Federação Russa quando os seus direitos de exportação de trigo duplicarem, em Março de 2021. A robustez da procura dos compradores da Ásia e África sustentou os elevados preços do arroz.

No que respeita à produção, as novas estimativas da FAO para 2020 apontam para um pico na produção de trigo e arroz. Olhando para a produção de cereais em 2021, as primeiras perspectivas indicam um provável aumento modesto nas culturas de trigo de Inverno no Hemisfério Norte, incentivado pelo aumento da área plantada nos Estados Unidos, Federação Russa, França e Índia. Espera-se que a produção de milho no Hemisfério Sul diminua um pouco na Argentina e no Brasil em relação aos seus máximos históricos, mas permaneça acima da média. As perspectivas para a produção na África do Sul e países vizinhos são favoráveis.

Ao mesmo tempo, as previsões deste mês apontam para maiores volumes do comércio mundial e uma queda acentuada nas reservas mundiais de cereais.

A nivel mundial, actualmente prevê-se uma utilização de cereais em 2020/21 de 2 761 milhões de toneladas, 52 milhões de toneladas a mais que na campanha anterior. Lidera o aumento o enérgico uso de cereais secundários para ração na China. Segundo as provisões, a utilização mundial de trigo e arroz aumentará este ano 0,7 % e 1,8 %, respectivamente.

Prevê-se que as reservas mundiais de cereais contraiam 2,2 % até aos 801 milhões de toneladas, o seu nível mais baixo em cinco anos. Isto reduziria o coeficiente mundial de reservas-utilização de cereais até 28,3 %, o nível mais baixo dos últimos sete anos. Os novos números reflectem um grande ajuste à baixa nas existências de milho na China.

Actualmente prevê-se um comércio mundial de cereais em 2020/21 de 465,2 milhões de toneladas, uma expansão considerável de 5,7 % em relação ao máximo alcançado na campanha anterior. A subida das estimativas reflecte as compras em grande quantidade de milho por parte da China, especialmente procedente dos Estados Unidos. Os prognósticos indicam que o comércio internacional de arroz aumentará ainda mais, ou seja, 7,9 %, o que reflecte um forte crescimento das exportações da Índia.

Nas novas previsões da FAO incluem-se os resultados de um exame de 2013/14 sobre o balanço da oferta e da procura de China. As inesperadas compras a grande escala de milho do país nas últimas semanas apontam para uma procura muito maior de rações e fornecimentos nacionais menores que o previsto, o que está provavelmente vinculado à rápida recuperação da produção de carne de porco após o surto de Peste Suína Africana.

4 de Fevereiro de 2021/ FAO.
http://www.fao.org/

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