À medida que a situação da Peste Suína Africana (ASF) piora em muitas partes do mundo, a China mostra-se cada vez mais preocupada com a eventual introdução da doença. Em 4 de Julho de 2014, a Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO) lançou um projecto de Programa de Cooperação Técnica (TCP) para aumentar o grau de preparação e desenvolvimento de estratégias para a prevenção e controle da PSA na China. A FAO fará parceria com o Ministério da Agricultura chinês, o Centro de Epidemiologia e Saúde Animal da China (CAHEC) e Centro de Prevenção e Controle de Doenças Animais da China (CADC).
Com o aumento da circulação do vírus da PSA em todo o mundo, há uma crescente preocupação global que a PSA se possa espalhar para a Ásia Oriental de áreas endémica a PSA. Com a China a depender muito da indústria de produção de carne de porco e a possuir quase metade da população porcos domésticos do mundo, uma incursão de PSA teria um impacto catastrófico sobre a produção e comércio de suínos, com sérias implicações para a segurança alimentar global.
No caso de uma incursão de PSA na China, o controle da doença seria ainda mais complicada por dois factores: i) a maior percentagem da produção nacional de carne de porco vem de pequenos sistemas de produção quintal com medidas de biossegurança baixos; ii) o sistema estradas bem desenvolvido permite a rápida circulação de suínos de uma província para outra. Uma propagação da doença em países vizinhos na Ásia poderia representar um desafio económica grave para o mundo.
Este é o primeiro projecto da FAO para lidar especificamente com a ameaça de uma incursão PSA. Os principais objectivos são melhorar a nível nacional global de preparação para a PSA através de actividades de capacitação em avaliação de risco, capacidade de diagnóstico e campanhas de epidemiologia e de consciencialização para os agricultores e veterinários. O projecto vai se concentrar na organização de actividades de formação no país para o diagnóstico laboratorial, realização de uma vigilância activa em áreas de risco e investigação de surtos em níveis nacional e provincial.
Segunda-feira, 6 de Outubro de 2014/ FAO.
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