De acordo com a última edição do relatório bianual da FAO Food Outlook, a produção mundial de carne de suíno está prevista crescer 1,4%, para 116,1 milhões de toneladas em 2014, ajudado por menores custos de alimentação. O aumento da produção está previsto ser oriundo de países em desenvolvimento, onde mais de 60% da produção é originada, enquanto pouca mudança é esperada nos países desenvolvidos.
- A Ásia é a região líder na produção de carne de suíno, respondendo por mais da metade do total mundial. Forte procura dos consumidores e políticas de apoios governamentais combinadas poderão aumentar a produção da China em 2,3%, para 56,7 milhões de toneladas, o equivalente a quase metade do total mundial. Outros países da Ásia, Vietnam, Filipinas e Indonésia estão previstos registar taxas similares de crescimento. Por outro lado, no Japão e na Coreia do Sul, a produção deverá cair, refletindo a diminuição dos efectivos e surtos de Diarreia Endémica Suína (DES), que têm reduzido o número de leitões.
- Na América, o Brasil, o quarto maior produtor do mundo, está previsto aumentar a produção para um recorde de 3,5 milhões de toneladas, impulsionada pela redução dos custos de alimentação e os preços de exportação favoráveis. O crescimento constante também é antecipado para o México, impulsionado pelo melhoramento genético e produtividade que se traduzem em mais leitões por ninhada e pesos dos animais superiores.
- A produção na UE, o segundo maior produtor depois da China, prevê-se como inalterada em 22,1 milhões de toneladas, embora a conformidade com as regulamentações bem-estar animal relacionadas com o alojamento de porcas tenha levado a uma queda no efectivo em alguns estados-membros.
- Nos Estados Unidos, a DES está previsto causar uma queda de 1,9% na produção de carne de suíno, apesar de maiores pesos de abate. A produção do Canadá deverá apenas aumentar ligeiramente, devido a que alguns pequenos produtores vão encerrar operações.
- Na Federação Russa, as políticas governamentais que favorecem a agricultura em larga escala, resultaram na duplicação de produção ao longo da última década. A tendência para o aumento da produção pode ser ampliada em 2014, na sequência de proibições de importações de carne suína da UE e do Canadá, que juntos forneciam dois terços das importações da Federação em 2013. A Peste Suína Africana (PSA) na Bielorússia causou um declínio acentuado na população de suínos e, consequentemente, a produção deverá cair substancialmente.
Quinta-feira, 9 de Outubro de 2014/ FAO. http://www.fao.org