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Milho e soja: Previsões para a campanha 2022/2023 USDA - Outubro 2022

Em comparação com o relatório de Setembro, destacam-se os novos cortes nas previsões de produção e de exportações dos Estados Unidos para o milho e para a soja mas, para a América Latina, são estimados aumentos para a oleaginosa nestes dois indicadores.

Apresentam-se os dados mais importantes dos últimos relatórios sobres as estimativas de grãos e oleaginosas publicados pelo USDA no passado dia 12 de Outubro:

Milho

A produção mundial de milho atingirá 1168,7 Milhões de toneladas (Mt), cifra que significa uma queda de 4,0% em comparação com a campanha 2021/22 (1217,3 Mt). Estes dados representam a diminuição das produções de países produtores como os Estados Unidos, a União Europeia e a Ucrânia.

Para os Estados Unidos, a produção situar-se-á em cerca dos 353 Mt, caindo 7,8% em relação à campanha anterior (382,9 Mt), enquanto que a China aumentará a sua produção em 0,5%, atingindo as 274 Mt. Pelo seu lado, a União Europeia decresceria 20,8% com 56,2 Mt, enquanto que a Ucrânia, com 31,5 Mt, terá uma diminuição de 25,2%.

As estimativas de produção para as colheitas sul-americanas não apresentaram alterações em relação ao relatório de Setembro, mantendo-se para o Brasil um crescimento de 8,6% com 126 Mt e para a Argentina um aumento de 6,8% com 55 Mt.

As exportações mundiais do grão diminuirão 9,8%, passando de 202,9 Mt na campanha 2021/22 para 183,0 Mt no novo ciclo. Esta evolução é explicada pela diminuição das exportações da Ucrânia (-42,6%), da União Europeia (-55,0%) e dos Estados Unidos (-13,0%).

A oferta exportável sul-americana mantém-se sem alterações em relação ao relatório de Setembro, aumentando 5,6% para o Brasil com 47 Mt e 9,3% para a Argentina com 41 Mt.

A China poderá importar cerca de 18 Mt de milho, o que significa uma redução de 18,2% em relação à campanha anterior (22 Mt). O Vietname, o Irão e o México irão aumentar as suas importações em cerca de 14,1%, 4,7%, e 1,1% respectivamente.

Os stocks finais descerão 1,9% a nível mundial, situando-se em 301,2 Mt. Com efeito, para a Índia, a União Europeia, os Estados Unidos e a China, as existências cairão 34,5%, 26,1%, 14,9% e 1,4% respectivamente.

Soja

A produção mundial de soja para a campanha 2022/23 aumentará 9,9% em relação ao ciclo anterior, passando de 355,7 para 391,0 Mt.

As estimativas para as colheitas sul-americanas indicam um aumento de 19,7% para o Brasil, que atingirá as 152 Mt, enquanto que para a Argentina espera-se um aumento de 15,9% com uma produção de 51 Mt.

Neste novo relatório, projecta-se para os Estados Unidos uma colheita de 117,4 Mt, o que representa uma redução de 3,4% em relação ao ciclo 2021/22, quando se atingiram as 121,5 Mt.

A actividade exportadora será encabeçada pelo Brasil com 89,5 Mt,que cresce 12,5% em relação ao ciclo anterior (79,6 Mt), enquanto que os Estados Unidos atingirão um volume de exportações de 55,7 Mt, cifra que representa uma descida de 5,2% em relação à campanha passada (58,7 Mt).

Para a Argentina prevêem-se exportações de 7 Mt, o que significará um aumento de 150% em relação à campanha 2021/22 (2,8 Mt).

A China importará 98 Mt, crescendo 8,9% em relação ao ciclo 2021/22 (90 Mt).

As existências finais da oleaginosa aumentarão 8,8% a nível global, situando-se em 100,5 Mt. Contudo, para os Estados Unidos, Índia, Irão e China, os seus stocks descerão 27,0%, 0,9%, 17,7% e 0,9% respectivamente.