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Milho e soja: projecções para a campanha 2024/2025 USDA – Outubro 2024

Em comparação com o relatório de Setembro, foram estimadas exportações mais elevadas de milho dos EUA e as importações de cereais da China foram novamente cortadas. Em relação à soja, os números mantiveram-se quase intactos, reflectindo uma colheita abundante e um aumento dos stocks finais.

Gráfico 1. Projecção da colheita dos principais produtores mundiais de milho e soja – campanha 2024/25 versus ciclo 2023/24 – Última atualização: 11 de Outubro de 2024. Elaborado pelo Departamento de Economia e Mercados com dados da FAS - USDA.

Apresentamos os destaques dos últimos relatórios de estimativas de cereais e oleaginosas publicados pelo USDA a 11 de Outubro:

Milho

A produção mundial de milho para a campanha 2024/25 seria de cerca de 1.217,2 milhões de toneladas (Mt), o que representa uma quebra de 0,7% face ao ciclo 2023/24, cuja última estimativa consolida 1.225 Mt.

Para os Estados Unidos, a produção atingiria 386,2 Mt, caindo 0,9% em relação à campanha anterior (389,7 Mt), enquanto a China aumentaria a sua colheita em 1,1%, atingindo 292,0 Mt. Por sua vez, a União Europeia diminuiria 4,0%. com 59,0 Mt, enquanto a Ucrânia, com 26,2 Mt, registaria uma quebra de 19,4% face aos 32,5 Mt consolidados no ciclo anterior.

Para o Brasil, a produção atingiria os 127 Mt, aumentando 4,1% face à campanha 2023/24 (122 Mt), enquanto que, para a Argentina, a colheita rondaria os 51 Mt, aumentando 2,0% face ao ciclo passado.

As exportações mundiais de milho diminuiriam 2,7% e passariam de 195,8 Mt para 190,5 Mt nesta nova campanha.

Os Estados Unidos liderariam a atividade exportadora com 59,1 Mt e cresceriam 1,4% face à campanha anterior, seguidos pelo Brasil, Argentina e Ucrânia com 49, 36 e 23 Mt respectivamente.

A China reduziria a sua procura de milho importado em 19,1%, atingindo 19 Mt para esta nova campanha, enquanto a União Europeia importaria 19,0 Mt, o que representaria uma diminuição de 2,6% face ao ciclo 2023/24 ( 19,5 Mt).

Os stocks finais diminuiriam 2,0% a nível global, atingindo os 306,5 Mt. Para os Estados Unidos, os stocks aumentariam 13,5%, enquanto para o Brasil e a Ucrânia diminuiriam 51,4 e 56,8% respectivamente.

Soja

A produção global de soja para o ciclo 2024/25 aumentaria 8,7% face à campanha anterior, passando de 394,7 para 428,9 Mt respectivamente.

As estimativas para as colheitas sul-americanas referem um aumento de 10,5% para o Brasil, que atingiria os 169 Mt, enquanto para a Argentina estima-se um crescimento de 6,0%, atingindo os 51,0 Mt.

O Paraguai aumentaria a sua produção em 1,8% face à campanha 2023/24 (11,0 Mt), consolidando uma colheita de 11,2 Mt.

Para os Estados Unidos estima-se uma colheita de 124,7 Mt, o que significaria um aumento de 10,1% face ao ciclo anterior (113,3 Mt).

A actividade exportadora seria liderada pelo Brasil com 105,0 Mt, número que seria 0,8% superior ao registado no ciclo 2023/24, enquanto os Estados Unidos atingiriam um volume de exportação de 50,3 Mt, o que indica um crescimento de 9,2% face à campanha anterior (46,1 Mt).

Para a Argentina, as exportações estão projectadas em 4,5 Mt, valor que representa uma quebra de 11,8% face ao ciclo anterior (5,1 Mt).

A China importaria 109 Mt, volume que ficaria 2,7% abaixo do total da campanha anterior (112,0 Mt).

Os stocks finais da oleaginosa aumentariam 19,8% em todo o mundo, atingindo os 134,6 Mt, o que seria suportado por aumentos dos stocks dos Estados Unidos, Brasil e Argentina.