São apresentados os destaques dos últimos relatórios de previsões de grãos e oleaginosas publicados pelo USDA em 9 de Novembro:
Milho
- A produção mundial de milho para o novo ciclo 2023/24 atingiu os 1220,8 milhões de toneladas (Mt), o que significa um incremento de 5,5% em comparação com a campanha 2022/23 (1157,1 Mt).
- Para os Estados Unidos, a produção ficaria em cerca de 387,0 Mt, aumentando 11,1% em relação à temporada anterior (348,4 Mt), enquanto a China diminuiria a sua colheita em 0,1%, atingindo 277,0 Mt. A União Europeia cresceria 14,4% com 59,8 Mt, enquanto a Ucrânia, com 29,5 Mt, apresentaria um aumento de 9,3%.
- Para o Brasil, a produção alcançaria 129 Mt, número que representaria um decréscimo de 5,8% em comparação com a campanha anterior, enquanto, para a Argentina, a colheita chegaria aos 55 Mt, crescendo também 61,8% em relação ao ciclo passado.
- As exportações mundiais do grão aumentaram 10,3%, passando de 180,9 Mt na campanha 2022/23 para 199,6 Mt neste novo ciclo, sendo os Estados Unidos o segundo maior exportador do grão com 52,7 Mt, o que significaria um aumento de 24,9% em relação à campanha anterior.
- A oferta exportável sul-americana apresentaria um aumento significativo por parte da Argentina, poderia se incrementar neste novo ciclo em 78,3% com 41,0 Mt, tanto que para o Brasil se estimava 55 Mt, o que representaria uma descida de 3,5% em relação à campanha anterior.
- A China exigia importações de milho de 23 Mt, o que significa um aumento de 22,9% em relação à campanha anterior (18,7 Mt), enquanto a União Europeia importava 24,5 Mt, ou seja, um 4,3 % mais que no ciclo 2022/23 (23,5 Mt).
- Os stocks finais aumentaram 5,3% ao nível mundial, subindo para 315,0 Mt. De facto, para os Estados Unidos cresceram 58,3%, enquanto para Brasil e China caíram 22,4% e 2,0% respectivamente.
Soja
- A produção mundial de soja para a campanha 2023/24 aumentou 7,6% em relação ao ciclo anterior, passando de 372,2 para 400,4 Mt.
- As estimativas para as colheitas da América do Sul dão conta de um aumento de 3,2% para o Brasil, que alcançou 163 Mt, enquanto para a Argentina se projeta um aumento de 92,0% com 48,0 Mt.
- O Paraguai aumentou sua produção em 10,5% em relação à campanha 2022/23 (9,1 Mt), atingindo uma produção de 10 Mt, com o que retornaria aos níveis que eram habituais até o ciclo 2020/21.
- Neste novo relatório, estima-se para os Estados Unidos uma colheita de 112,4 Mt, o que representa um decréscimo de 3,3% face ao ciclo 2022/23, quando alcançaram 116,2 Mt.
- A atividade exportadora seria liderada pelo Brasil com 97,5 Mt, crescendo 2,1% em relação ao ciclo anterior (95,5 Mt), enquanto os Estados Unidos alcançavam um volume de exportações de 47,8 Mt, cifra que representa uma descida de 11,9% em relação ao ciclo passado (54,2 Mt).
- Para a Argentina, foram projectadas exportações de 4,6 Mt, o que significaria um incremento de 9,9% em relação à safra 2022/23 (4,2 Mt).
- A China importou 100 Mt, volume que é 0,8% inferior em relação à campanha anterior.
- Os stocks finais da oleaginosa aumentariam 14,2% globalmente, atingindo 114,5 Mt e seriam apoiados por aumentos nos stocks da Argentina e do Brasil.
Redação Departamento de Economia e Mercados 333 América Latina com dados do USDA | Estados Unidos. https://apps.fas.usda.gov/