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Necessários mais esforços para combater resistência antimicrobiana (RAM)

De acordo com a AESA, a resistência das bactérias Salmonella e Campylobacter aos antimicrobianos habitualmente utilizados continua a ser frequentemente observada nos seres humanos e nos animais.

5 Março 2024
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Embora a resistência combinada a antimicrobianos de importância crítica para a medicina humana permaneça muito baixa, a resistência das bactérias Salmonella e Campylobacter aos antimicrobianos habitualmente utilizados ainda é frequentemente observada em seres humanos e animais, de acordo com um relatório publicado pela Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) e pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC).

Além disso, registou-se um aumento da proporção de isolados de Escherichia coli provenientes de animais destinados à produção de alimentos que apresentam "susceptibilidade total" ou "resistência zero" aos principais agentes antimicrobianos. Este facto, juntamente com uma diminuição da prevalência de isolados de E. coli que produzem BLEE ou AmpC (enzimas que podem tornar ineficazes alguns antibióticos), demonstra progressos na redução da resistência antimicrobiana (RAM) em E. coli de animais destinados à produção de alimentos em vários Estados-Membros da UE.

No caso da Salmonella, foi detectada resistência aos carbapenemes em isolados de seres humanos, mas não de animais destinados à produção de alimentos. No caso da E. coli, foi detectada resistência aos carbapenemes em isolados de animais destinados à produção de alimentos. Embora sejam actualmente comunicados níveis muito baixos de resistência aos carbapenemes, tanto em isolados humanos como animais, nos últimos anos, mais países comunicaram a presença de bactérias produtoras de enzimas carbapenemases em várias espécies animais. Este facto requer atenção e mais investigação, uma vez que os carbapenemes são um grupo de antibióticos de último recurso e qualquer detecção de resistência aos mesmos é motivo de preocupação.

Um terço dos países observou tendências decrescentes na resistência aos macrólidos em isolados humanos de Campylobacter, em particular C. coli. Este facto é digno de nota, uma vez que a crescente resistência às fluoroquinolonas significa que os macrólidos estão a tornar-se mais importantes para o tratamento de infecções graves de origem alimentar em humanos.

Em dois terços dos países notificantes, a resistência dos isolados humanos às penicilinas e tetraciclinas diminuiu ao longo do tempo na Salmonella Typhimurium, que está geralmente associada a suínos e vitelos. Estes antimicrobianos são frequentemente utilizados para tratar infecções bacterianas em seres humanos e animais.

A resistência antimicrobiana continua a ser um importante problema de saúde pública que tem de ser abordado em várias frentes e por diferentes operadores. São necessárias acções-chave para reduzir o aparecimento e a propagação de bactérias resistentes aos antimicrobianos. Estas incluem a promoção de uma utilização prudente dos agentes antimicrobianos, o apoio a melhorias nas práticas de prevenção e controlo das infecções, o reforço da investigação e da inovação no desenvolvimento de novos agentes antimicrobianos e a garantia da existência de políticas e procedimentos a nível nacional.

28 de Fevereiro de 2024/ EFSA/ União Europeia.
https://www.efsa.europa.eu

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