O Índice de Preços dos Cereais da FAO situou-se, em Abril, num valor médio de 136,1 pontos, ou seja, 2,4 pontos (1,7 %) menos que em Março e 33,5 pontos (19,8 %) abaixo do valor atingido um ano antes. A descida dos preços mundiais de todos os cereais principais compensou o aumento mensal dos preços do arroz.
Os preços internacionais do trigo desceram 2,3 % em Abril, para atingir o seu nível mais baixo desde Julho de 2021, principalmente devido às fortes disponibilidades para exportação na Federação da Rússia e na Austrália. Também contribuíram para o tom, em geral, mais ténue dos mercados as condiciones de cultivo favoráveis na Europa, juntamente com o acordo de finais de Abril que permite o trânsito de cereais ucranianos através dos países da União Europeia que tinham imposto restrições às importações de cereais procedentes da Ucrânia a princípios do mês.
Em Abril, os preços mundiais do milho também registaram uma queda de 3,2 %, sobretudo devido a uma oferta sazonal superior na América do Sul, onde continuou a colheita e às perspectivas favoráveis que apontam para uma produção sem precedentes no Brasil.
No que diz respeito a outros cereais secundários, os preços mundiais da cevada e do sorgo também diminuíram 4,3 % e 0,3 %, respectivamente, em consequência da escassa procura mundial e ao efeito indirecto da debilidade dos mercados do trigo e do milho.
Pelo contrário, as vendas a compradores asiáticos impulsionaram os preços internacionais do arroz em Abril. Em resultado disto, as cotações do arroz para exportação reverteram a maior parte das descidas que aconteceram em Março de 2023.
5 de Maio de 2023/ FAO.
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