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Rabobank: novas pressões travam crescimento nos mercados mundiais de suíno

O relatório da carne suína do quarto trimestre do Rabobank fornece previsões para a China, Europa, Estados Unidos e Brasil.

5 Novembro 2021
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Os preços mundiais da carne de porco caíram drasticamente, uma vez que a recuperação global da produção superou a recuperação da procura. Quedas rápidas de preços e consequentes perdas para os produtores em alguns mercados atrasarão o crescimento do efectivo em 2022, ajudando a melhorar a saúde animal e a reduzir o impacto da Peste Suína Africana (PSA). Desde então, os preços estabilizaram, mas continuam bem abaixo do máximo. Os preços da carne de porco também são mais baixos sazonalmente, mas permanecem altamente dependentes de restrições à pandemia e tendências macroeconómicas. Restrições de mão de obra em alguns mercados e inflacção de custos colocarão pressão sobre as margens de produção e também podem desacelerar o crescimento do efectivo. O repasse desses custos aos consumidores provavelmente influenciará a procura, desacelerando ainda mais o consumo, especialmente em países mais sensíveis economicamente.

China: Diante do aumento dos custos e da contínua ameaça de surtos de PSA, os produtores responderam reduzindo o censo, levando os preços da carne de porco a novos mínimos e forçando os produtores de alto custo a abandonar o produto. A pprocura continua fraca, limitada pelas restrições da pandemia. Em resposta a essa desaceleração, a China continua a limitar as importações num esforço para equilibrar a oferta. Dada a fraca procura actual, o Rabobank espera que os fornecimentos de carne de porco continuem abundantes após a redução do efectivo e o repovoamento anterior, mas isso pode ser insuficiente se as tendências económicas melhorarem.

Europa: Os preços da carne de porco na UE estão 24% abaixo da média de cinco anos, devido ao maior abate e à menor procura nos mercados doméstico e de exportação. Produtores na Alemanha e Holanda estão a liquidar o efectivo e devem reduzir a produção nos próximos meses. Problemas de mão de obra também preocupam algumas fábricas, embora os impactos não sejam generalizados.

Estados Unidos: A oferta de suínos permanecerá restrita até o início de 2022, mas será maior em comparação aos níveis do ano anterior. Ainda assim, é esperado que o aumento dos custos e restrições regulamentares adicionais moderem os planos de expansão, assim como as dificuldades na indústria de carnes foram agravadas pela disponibilidade de mão de obra. Espera-se que a procura doméstica diminua à medida que os custos mais altos são repassados ​​aos consumidores e o crescimento das exportações actua como um amortecedor.

Brasil: Os produtores permanecen optimistas, apesar de um aumento de 34% nos custos das rações relativamente ao ano anterior. As exportações mantém-se fortes, ajudadas pela debilidade do real brasileiro e uma maior oferta de carne de porco. Está previsto um aumento anual de 5,5% na produção de carne de porco e um crescimento adicional em 2022.

Outubro de 2021/ Rabobank.
https://research.rabobank.com

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