Em 2018, para uso em todas as espécies pecuárias, venderam-se 226 toneladas de princípio activo antibiótico no Reino Unido, o que representa uma diminuição de 9% desde 2017 e de 49% desde 2014. As vendas ajustadas, por população, em 2018 foram de 29,5 mg/kg, uma diminuição de 9% desde 2017 e de 53% desde 2014.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica algumas classes de antibióticos como antibióticos de importância crítica para uso humano, dos quais vários são designados como "antibióticos de importância crítica de máxima prioridade" (HP-CIA). As vendas de HP-CIA para uso em animais de produção em 2018 diminuíram em 0,4 toneladas (18%) desde um já baixo nível em 2017 e uma diminuição de 3,1 toneladas (66%) desde 2014. Calculando como mg/kg, as ventas de HP-CIA caíram de 0,26 mg/kg em 2017 para 0,21 mg/kg (19%) em 2018.
Em geral, as tetraciclinas continuam a ser o antibiótico mais vendido (38%), seguido dos betalactâmicos (27%) e o trimetoprim/sulfonamidas (10%). As vendas de HP-CIA em todas as espécies animais representam uma pequena parte (0,7%) das vendas totais de antibióticos.
O uso de antibióticos em suínos apresentou reduções significativas relativamente a anos anteriores. "Uso" refere-se à quantidade de antibióticos comprados, receitados e/ou administrados pelo sector. Os dados foram compilados e disponibilizados ao VMD pela produção animal de forma voluntária, cobrindo 89% do efectivo de suínos do Reino Unido. Na suinicultura utilizaram-se 76 toneladas de princípio activo, 110 mg/kg ou menos 16% que em 2017, menos 40% que em 2016 e menos 60% que em 2015. O uso de antibióticos de importância crítica de máxima prioridade em suínos diminuiu 39% desde 2017 com 41 kg de princípio activo e 0,06 mg/kg por unidade.
Para todos os animais de produção em geral, uma elevada percentagem de todos os isolamentos de Salmonella analisados (76% do total de 4414 isolamentos) foi susceptível a todos os antibióticos analisados. Os resultados indicam uma tendência crescente nesta proporção susceptível. Detectou-se resistência às cefalosporinas de terceira geração em dois isolamentos de frangos, mas não em isolamentos de perús, porcos, vacas e ovelhas. Em porcos, encontou-se 0% de resistência às cefalosporinas de 3ª/4ª geração e 0% às fluoroquinolonas.
A resistência da E. coli em animais de produção às fluoroquinolonas e às cefalosporinas de terceira geração foi baixa (≤4%), excepto em bovino. Detectou-se resistência à colistina num isolado de suínos, mas não noutras espécies animais produtoras de alimentos.
Terça-Feira, 29 de Outubro de 2019/ VDM / Reino Unido.
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