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OIE: biossegurança para conter a propagação das doenças animais

As doenças de origem animal, como a Gripe das Aves ou a Peste Suína Africana, não conhecem fronteiras e podem afectar continuamente novas áreas. É possível reduzir o risco através da implementação de procedimentos destinados a impedir a introdução e disseminação de agentes patogénicos em populações animais.

24 Setembro 2018
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No âmbito da 28ª Conferência da Comissão Regional da OIE para a Europa, realizada em Tbilisi, Geórgia, de 17 a 21 de Setembro de 2018, foram apresentados os resultados de uma pesquisa sobre a aplicação da biossegurança nos diferentes sistemas de produção a nível individual, nacional e regional.

As conclusões do estudo mostram que, em termos de biossegurança, a grande maioria dos países pesquisados possui legislação nacional adequada (94,87%) e executou planos de acção (92,31%). No entanto, apenas metade dos participantes indicou que os seus países dispõem dos fundos nacionais necessários para apoiar a implementação de medidas de biossegurança ou boas práticas pecuárias (53,85%).

Desta forma, embora na Europa os planos de biossegurança sejam implementados com mais frequência em sistemas comerciais de produção de aves e suínos, a pesquisa destacou a necessidade de melhorar a biossegurança em produções caseiras e sistemas não comerciais o que pode desempenhar um papel essencial na disseminação de doenças.

Diante dos desafios actuais em saúde animal, todos os países devem manter a vigilância. Basta recordar os recentes casos de Peste Suína Africana notificados em muitos países europeus, como na China, com consequências devastadoras (consultar o sistema WAHIS para aceder à informação mais recente). Na ausência de uma vacina eficaz, esse cenário representa um desafio no qual se torna essencial implementar as medidas de biossegurança recomendadas pela OIE tanto nas explorações quanto nos pontos de entrada do país, além de outras medidas como a vigilância sanitária e detecção precoce. A implementação de requisitos de biossegurança não envolve apenas veterinários, mas também outros agentes, como caçadores, criadores e transportadores.

A capacidade dos países para implementar medidas de biossegurança nos seus territórios é crucial. Investir na formação adequada e na consciencialização de todos os sectores envolvidos é da responsabilidade das autoridades nacionais de poderem mudar comportamentos e melhorar a eficácia dos programas de controlo da saúde.

Quinta-feira, 20 de Setembro de 2018/ OIE.
http://www.oie.int

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