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OMS: lista de bactérias para as quais são necessários novos antibióticos

A Organización Mundial da Saúde (OMS) publicou lista de «agentes patogénicos prioritários» resistentes aos antibióticos, na qual são incluídas as 12 famílias de bactérias mais perigosas para a saúde humana.

6 Março 2017
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A lista foi elaborada como guia e promoção da investigação e desenvolvimento (I+D) de novos antibióticos, como parte das actividades da OMS para combater o problema mundial crescente da resistência aos antimicrobianos.

Na lista é destacada, especialmente, a ameaça que supõem as bactérias gram-negativas resistentes a múltiplos antibióticos. Estas bactérias têm a capacidade inata de encontrar novas formas de resistir aos tratamentos e podem transmitir material genético que permite a outras bactérias tornarem-se farmaco-resistentes.

A lista da OMS divide-se em três categorias relativas à urgência com que são necessários os novos antibióticos: prioridade crítica, alta ou média.

O grupo de prioridade crítica inclui as bactérias multi-resistentes que são especialmente perigosas em hospitais, residências de idosos e entre pacientes que necessitam ser atendidos com dispositivos como ventiladores e catéteres intravenosos. Entre taies bactérias incluem-se as seguintes: Acinetobacter, Pseudomonas e várias enterobacteriáceas como Klebsiella, E. coli, Serratia, y Proteus. São bactérias que podem provocar infecções graves e frequentemente letais, como infecções da corrente sanguínea e pneumonías.

Os níveis segundo e terceiro da lista –as categorias de prioridade alta e média– contém outras bactérias que exibem uma farmaco-resistência crescente e provocam doenças comuns como a gonorreia ou intoxicações alimentares por salmonela.

A lista tem por objectivo levar os governos a estabelecer políticas que incentivem a investigação científica básica e a I+D avançada tanto através de organismos financiados com fundos públicos ou sector privado para que invistam na investigação de novos medicamentos antibióticos. Também proporcionará orientações para novas iniciativas de I+D como a Aliança mundial de I+D OMS/DNDi para os antibióticos, que está comprometida com o desnvolvimento de novos antibióticos sem fins lucrativos.

Ainda que seja essencial aumentar a I+D, esta apenas não basta para solucionar o problema. Para lutar contra a resistência, tem que haver uso apropriado dos antibióticos existentes na medicina humana e veterinária, assim como um uso racional de qualquer novo antibiótico que se desenvolva no futuro.

Lista OMS de agentes patogénicos prioritários para a I+D de novos antibióticos

  • Prioridade 1: CRÍTICA
    • Acinetobacter baumannii, resistente aos carbapenémicos
    • Pseudomonas aeruginosa, resistente aos carbapenémicos
    • Enterobacteriaceae, resistentes  aos carbapenémicos, produtoras de ESBL
       
  • Prioridade 2: ELEVADA
    • Enterococcus faecium, resistente à vancomicina
    • Staphylococcus aureus, resistente à meticilina, com sensibilidade intermédia e resistência à vancomicina
    • Helicobacter pylori, resistente à claritromicina
    • Campylobacter spp., resistente às fluoroquinolonas
    • Salmonellae, resistentes às fluoroquinolonas
    • Neisseria gonorrhoeae, resistente à cefalosporina, resistente às fluoroquinolonas
       
  • Prioridade 3: MÉDIA
    • Streptococcus pneumoniae, sem sensibilidade à penicilina
    • Haemophilus influenzae, resistente à ampicilina
    • Shigella spp., resistente às fluoroquinolonas

Segunda-feira, 27 de Fevereiro de 2017/ OMS.
http://www.who.int

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