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Países Baixos: a resistência aos antimicrobianos mantém-se estável

O uso de antibióticos em bovinos e suínos diminuiu em comparação a 2018.

8 Julho 2020
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Os veterinários receitaram menos antibióticos em 2019 do que em 2018. As vendas de medicamentos veterinários antimicrobianos em 2019 (150 toneladas) diminuíram 16,1% relativamente a 2018 (179 t). Isto significa que a redução total, em comparação com o ano 2009, foi de quase 70%, resultado do esforço combinado das autoridades, dos sectores pecuários e dos veterinários.

Nos últimos anos, em animais de exploração quase não se utilizaram antibióticos importantes para o tratamento de infecções em humanos.

O uso de antibióticos em bovinos e suínos diminuiu em comparação e 2018, enquanto que o uso de antibióticos em vacas leiteiras e frangos manteve-se estável num nível baixo nos últimos quatro anos.

Vendas totais de antibióticos veterinários nos Países Baixos em 2019

  • Tetraciclinas: a fracção de doxiciclina aumentou para o seu nível mais alto com 68,6% das vendas totais de tetraciclinas (42% em 2018, com fluctuações entre 31% e 49% nos anos 2011-2017).
  • Penicilinas: ocupam o segundo lugar em quantidade. As ventas de penicilina mantiveram-se estáveis em 2019 relativamente a 2018. A distribuição de penicilinas de largo e estreito espectro (em quantidade vendida) deslocou-se um pouco para as de espectro estreito, 70-30%.
  • (Fluoro)quinolonas: as ventas de fluoroquinolonas diminuíram com 45 kg (20%) em 2019. Conseguiu-se uma redução geral de 87,6% em comparação a 2011. Em 2019, 46% das vendas realizaram-se nos sectores controlados. O alargamento da vigilância para outras espécies animais (tal como se regulará com a UE 2019/6) está justificada. As vendas de quinolonas (flumequina) também diminuíram 32% em 2019; estes medicamentos veterinários antimicrobianos usam-se, exclusivamente, nos sectores produtores de alimentos.
  • Cefalosporinas: as ventas destes medicamentos veterinários antimicrobianos mantiveram-se relativamente estáveis durante o período 2015-2018. Observou-se um aumento relativamente elevado das vendas de cefalosporinas de 3ª e 4ª geração em 2019 (a quantidade total vendida ainda é inferior a 3 kg). Este aumento não está associado ao uso na produção animal controlada, que implica o uso em animais de companhia, cavalos ou sectores de produção não vigiados como o caprino. Conseguiu-se uma redução de 99,7% de todas as vendas de cefalosporinas desde 2011.
  • Polimixinas: as ventas de colistina aumentaram novamente em 2019 com mais 13%; predominantemente em leitões desmamados (161 kg) e outras aves de capoeira (reprodutoas) (59 kg). Com base na recente classificação das polimixinas como Antimicrobianos de Importância Crítica de Máxima Prioridade na sexta revisão da lista CIA da OMS (2019), o Instituto de Medicamentos Veterinários dos Países Baixos considera as polimixinas como antibióticos de terceira eleição e esta classe de antibióticos informa-se como tal. Isto implica que, tal como as fluoroquinolonas e as cefalosporinas de 3ª e 4ª geração, o objectivo para o seu uso a partir de 2020 em diante será 0 DDDA.

Junho de 2020/ WUR/ Países Baixos.
https://www.wur.nl

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