A forte oferta e as limitações na capacidade de abate nos EUA estão a pressionar os preços do porco a nível mundial, uma situação agravada pela desaceleração das importações chinesas, de acordo com o relatório trimestral sobre a carne de porco do Rabobank.
Isto causará uma nova descida do índice do Rabobank para o preço da carne de porco durante o quarto trimestre. "As perspectivas para 2017 são fracas, com um comércio mundial que se espera que estabilize e os principais produtores em modo expansão..." segundo Albert Vernooij, analista de Proteína Animal do Rabobank.
China: retoma de preços até ao Ano Novo Chinês
A baixa produção e a estacional para o Ano Novo Chinês provocarão retoma nos preços após a queda de crescimento durante o terceiro trimestre. Isto manterá os fortes volumes de importação em curso, mas o crescimento será mais lento que em meses anteriores. A competição será intensificada à medida que mais países e empresas obtenham autorizações para exportação.
UE: a disciplina da oferta, chave para perspectivas positivas
A pressão sobre a oferta e uma boa procura de exportação originarão, pelo menos, uma estabilização dos preços a níveis elevados durante o 4º trimestre. No entanto, para 2017 as perspectivas indicam um aumento da competição na Ásia e uma descida da libra esterlina britânica que pressionarão a rentabilidade deste mercado. O aumento do efectivo suíno deverá parar ou diminuir para manter os preços.
EUA: excesso de oferta originará forte pressão sobre os preços
Uma oferta maior que a esperada, combinada com um estancamento das exportações e um aumento da competição interna da carne de aves de capoeira, está a levar a descida de preços do porco e rentabilidade da indústria. Para os produtores de porcos, a situação piorará no 4º trimestre, com limites na capacidade de abate.
Brasil: recuperação do mercado à volta da esquina
Uma oferta equilibrada, junto com o aumento das exportações, traduzir-se-á num aumento dos preços do porco durante o 4º trimestre. Em combinação com a diminuição prevista dos custos de alimentação, isto irá apoiar a produção e as exportações em 2017.
Quarta-feira, 19 de Outubro de 2016/ Rabobank/ Holanda.
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