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Mesmo perante dos impactos da pandemia da Covid-19, a agro-pecuária apresentou uma subida de 1,2% no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no segundo trimestre de 2020 em relação ao mesmo período do ano passado.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no dia 1 de Setembro, e analisados pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Segundo o Comunicado Técnico da CNA, apesar do crescimento menor que o esperado pelo mercado nos meses de Abril, Maio e Junho, o sector agro-pecuário continua em destaque, e à frente dos demais sectores como o único com expectativa de crescimento em 2020.
A soja (5,9%), o arroz (7,3%) e o café (18,2%) têm sido os principais destaques da produção no início deste ano, de acordo com as recentes estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
“O auxílio de emergência de R$ 600 minimizou os impactos económicos na parcela mais vulnerável da população, garantindo a sustentabilidade da procura, principalmente de alimentos e outros bens de consumo básicos”, diz o estudo.
De acordo com a CNA, apesar do crescimento verificado no trimestre, o sector não está imune à crise. Segmentos como as hortaliças, frutas, leite e produtos da aquacultura sofrem os impactos da queda do consumo das famílias.
Exportações – O resultado do PIB agro-pecuário também foi influenciado pela procura externa. “A Peste Suína Africana na China e o impacto da Covid-19 no processamento de carne nos EUA tem sustentado a procura internacional de proteínas brasileiras, mitigando os efeitos negativos da menor procura doméstica pelo produto, especialmente dos cortes mais nobres”.
As importações chinesas de soja e carnes brasileiras, segundo a análise da CNA, explica o resultado positivo do sector no segundo trimestre de 2020. “Só para a China, o crescimento das exportações brasileiras do sector agro-pecuário foi de 30,3% no primeiro semestre de 2020 em relação ao mesmo período de 2019”.
PIB Brasil – O Produto Interno Bruto do Brasil no segundo trimestre de 2020 apresentou quedas de 9,7% frente ao primeiro trimestre do ano, e de 11,4% na comparação com o mesmo trimestre de 2019. Foram as piores retracções económicas de toda a série histórica do IBGE, iniciada em 1996.
1 de Setembro de 2020 / CNA / Brasil.
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