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De acordo com a primeira estimativa das Contas Económicas da Agricultura (CEA) para 2016, o Rendimento da actividade agrícola em Portugal, por unidade de trabalho, deverá aumentar 5,8% em termos reais, após um crescimento de 2,9% em 2015.
A evolução deste indicador está sobretudo associada ao aumento de 38,1% perspetivado para os "Outros Subsídios à Produção", que mais do que compensa o decréscimo nominal de 7,7% do Valor Acrescentado Bruto (VAB). A Produção deverá registar uma diminuição em valor (-3,3%) relativamente a 2015, em resultado de um decréscimo em volume (-4,5%), atenuado pelo aumento dos preços de base (+1,2%).
A produção animal deverá registar uma variação nominal negativa (- 5,2%) sobretudo devido a um decréscimo dos preços de base (-5,7%), uma vez que o volume deverá aumentar ligeiramente face a 2015 (+0,5%). Os produtos que mais contribuíram para esta evolução em valor foram as aves de capoeira e o leite, com variações nominais negativas (-6,8% e 8,9%, respetivamente).
Para os suínos é expectável um ligeiro crescimento do volume de produção (+0,7%) e um decréscimo dos preços (-1,4%). Verificou-se um acréscimo do efetivo nacional no final de 2015, resultante do facto das explorações que se mantiveram em atividade terem aumentado a sua capacidade produtiva. Durante a crise que afectou o sector, a venda de porcas reprodutoras de substituição decresceu de forma acentuada, com o consequente aumento do abate, tendo o efectivo de porcos de engorda aumentado ligeiramente. A exportação de carne de porco, por parte da UE para a China, ajudou a escoar a oferta e as políticas comunitárias têm vindo a permitir uma recuperação dos preços, sobretudo a partir de meados do ano de 2016.
Terça-Feira, 13 de Dezembro de 2016, INE, "Destaques à Comunicação Social", http://www.ine.pt
