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O índice de preços dos cereais da FAO atingiu uma média de 118,7 pontos em Maio, mais 7,1 pontos (6,3 por cento) do que em Abril, mas ainda 10,6 pontos (8,2 por cento) abaixo do valor registado em Maio de 2023. Os preços mundiais de todos os principais cereais para exportação aumentaram em relação ao mês anterior, sendo os preços do trigo os que mais subiram. A forte subida mensal deveu-se, em grande parte, às crescentes preocupações com as condições de crescimento desfavoráveis que afectam as colheitas de 2024, que provavelmente limitarão os rendimentos em algumas das principais zonas de produção de vários dos principais países exportadores, em especial partes da Europa, da América do Norte e da região do Mar Negro. Além disso, os danos nas infra-estruturas de transporte marítimo no Mar Negro contribuíram para a pressão no sentido da subida dos preços. Os preços de exportação do milho também aumentaram em Maio, reflectindo as preocupações com a produção na Argentina (devido aos danos causados às culturas na sequência da propagação da doença Spiroplasma kunkelii) e no Brasil (devido a condições meteorológicas desfavoráveis), juntamente com a fraca actividade de venda dos agricultores na Ucrânia, num contexto de redução sazonal da oferta e de uma forte procura mundial. As repercussões dos mercados do trigo também se reflectiram nos preços do milho. No que se refere aos outros cereais secundários, os preços mundiais da cevada e do sorgo também subiram em Maio. O índice de preços da FAO para todos os tipos de arroz aumentou 1,3% em Maio, influenciado pelas expectativas de vendas ao Brasil e à Indonésia e pelo abrandamento da incidência da colheita.
7 de Junho de 2024/ FAO.
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