Milho
De acordo com as primeiras estimativas apresentadas pelo USDA para a nova campanha de milho 2022/23 em 12 de Maio, a produção mundial de grãos atingiria 1180,7 milhões de toneladas (Mt), valor que acaba sendo 2,9% menor em relação ao ciclo 2021/22 (1215,6 Mt). Este facto seria explicado pela queda na produção em alguns dos principais países produtores, como os Estados Unidos e a Ucrânia.
Precisamente, para os Estados Unidos, a produção ficaria em cerca de 367,3 Mt, diminuindo 4,3% em relação à campanha anterior (383,9 Mt). Da mesma forma, para a China espera-se uma redução de 0,6% com um volume de produção que chegaria a 271 Mt. De seguida, temos o Brasil, cuja produção atingiria 126 Mt, aumentando assim 8,6% em relação à campanha 2021/22 (116 Mt ). Por fim, estão as produções da União Europeia e Argentina, com volumes de 68,3 e 55 Mt, que representam variações de -3,2% e 3,8% em relação à campanha anterior respectivamente. É de ressaltar que, para a Ucrânia, está projectada uma queda de 53,7% no seu volume de produção, passando de 42,1 Mt para 19,5 Mt neste novo ciclo, enquanto que para a Rússia prevê-se um volume de 15,5 Mt e um crescimento de 1,8%.
Em relação ao comércio internacional, estima-se que as exportações mundiais de grãos diminuam 7,6%, passando de 197,8 Mt na campanha 2021/22 para 182,7 Mt no novo ciclo. O anterior deve-se, em grande parte, à diminuição significativa das exportações da Ucrânia (-60,9%) e dos Estados Unidos (-4%), o que estaria em linha com a queda da sua produção. No entanto, a oferta exportável da América do Sul aumentaria 5,6% no Brasil com 47 Mt e 5,1% na Argentina com 41 Mt. Por outro lado, a China deverá ter importações de milho de 18 Mt, o que significa uma queda de 21,7% apesar da redução da sua produção doméstica, enquanto o Vietname aumentaria as suas importações em 25% atingindo 11,5 Mt.
Soja
A produção mundial de soja para este novo ciclo aumentaria 13% em relação à campanha 2021/22, passando de 349,4 para 394,7 Mt respectivamente, o que reafirma a sua tendência de concentração e expansão ano após ano nos países exportadores. De facto, a campanha brasileira, que atualmente é a mais importante, chegaria a 149 Mt, valor que representa um aumento de 19,2% em relação ao ciclo anterior (125 Mt). Por outro lado, temos que a campanha dos EUA cresceria 4,6%, passando de 120,7 para 126,3 Mt, enquanto que para a Argentina se espera um crescimento de 21,4%, atingindo assim um record de produção de 51 Mt.
A actividade exportadora continuaria sendo liderada pelo Brasil com 88,5 Mt, crescendo 6,9% em relação à campanha anterior, enquanto os Estados Unidos atingiriam um volume de exportação de 59,9 Mt, o que significa um aumento de 2,8% em relação ao ano anterior. A China continuaria a ser o principal importador mundial da oleaginosa com 99 Mt e um crescimento de 7,6% em relação à safra 2021/22.
Redacção Departamento de Análises Económicas da 333 América Latina com dados de: USDA. Estados Unidos. https://apps.fas.usda.gov/