A inícios do mês de Setembro decorreu, em Sófia, Bulgária, a 14ª Reunião do Grupo de Peritos em Peste Suína Africana em que estiveram representados mais de 20 países.
Da reunião do Grupo de Peritos em PSA depreendeu-se a necessidade de intensificar os esforços para prevenir e controlar eficazmente a propagação da doença envolvendo não só o sector agrícola, mas todos os que têm impacto potencial no campo, desde caçadores até aos trabalhadores florestais, desde os transportadores até aos veterinários, desde as comunidades locais até às grandes empresas privadas.
O Comissário Europeu da Sanidade e Segurança Alimentar, Vytenis Andriukaitis, elogiou o exemplo da Finlândia que, ao partilhar fronteiras e trocas contínuas com dois países afectados, conseguiu manter a doença fora do seu território. Isto foi possível graças a uma forte actividade de controlo coordenado, que envolve as uniões aduaneiras, o exército, os cães especializados e a cooperação continua com os países vizinhos, especialmente a Rússia.
Segundo declarações do Comissário, a vigilância passiva da Peste Suína Africana tanto em porcos domésticos como em javalis é de vital importância. A traçabilidade dos porcos e dos seus produtos também é essencial, através do registo sistemático das suiniculturas e do controlo dos movimentos dos animais. Estas são as pedras angulares para a prevenção, detecção precoce e controlo da doença.
É essencial que todos os países garantam um elevado nível de consciência, preparação e biosegurança nas explorações comerciais e no bosque, juntamente com uma estratégia de caça efectiva.
As campanhas de informação, em diferentes idiomas, em todas as estradas principais da Europa também são práticas que se devem usar.
Na reunião também se propôs que a Sérvia e a Eslováquia sejam membros de pleno direito da SGE ASF e, como tal, participem em futuras reuniões para partilharem a sua experiência e receber orientação relevante enquanto que a República Checa deverá ser retirada da lista de membros da ASF considerando que evidenciaram que a PSA foi erradicada do seu território. Contudo, a República Checa é aceite como observadora de forma a partilhar a sua experiência.
Também se propôs que se enviem missões de campo à Sérvia e à Eslováquia o mais depressa possível, para compreender os aspectos de campo em profundidade e apresentar as melhores práticas na prevenção e controlo da doença.
Todos os países, inclusive os não afectados pela PSA, deveriam formar equipas de peritos altamente qualificados e dar-lhes as ferramentas para investigar os focos.
Os países devem investigar sempre e compilar dados relevantes após de cada novo foco em suínos ou a confirmação da infecção de javalis numa nova zona, tendo em vista:
a. Identificar a fonte do foco/infecção e as formas de transmissão.
b. Mapa da propagação potencial da doença utilizando métodos de rastreio para a frente e para trás.
c. Implementação de medidas preventivas e de controlo mais adequadas.
Setembro de 2019/ GF-TADS/ OIE.
http://www.oie.int