O Governo valão aprovou, na passada 6ª feira, uma Ordem sobre várias medidas temporárias para combater a Peste Suína Africana.
O anterior perímetro de 63000 hectares, agora divide-se em 3 áreas específicas, cada uma das quais submetida a requisitos específicos.
Núcleo – 12.562 ha
- Proibição de caça, alimentação, circulação e exploração do bosque;
- Procura activa de cadáveres de javali, que são analisados sistematicamente.
Zona tampão - 29.183 ha
- Proibição de caça, alimentação, circulação;
- Exploração florestal sob atribuição de isenções individuais reservadas a profissionais;
- Procura activa de cadáveres de javali, que são analisados sistematicamente;
- Instalação de uma rede de vedações.
Área de observação reforçada - 21.101 ha
- Proibição da alimentação;
- Procura activa de cadáveres de javali, que são analisados sistematicamente;
- Proibição de todos os métodos de caça ao javali e de outras espécies de caça, com a excepção da caça com perseguição, a caça de montaria e a batida silenciosa;
- Relatório obrigatório de qualquer javali encontrado morto que deverá ser analisado;
- Obrigação dos titulares de direitos de caça em organizar a destruição dos javalis no seu território, em particular mediante a autorização dos disparos nocturnos. Um oficial da Administração deve redigir uma declaração de disparos/mortalidade por cada javali abatido;
- Obrigação de ter sido formado nas regras de biossegurança para poder caçar e destruir;
- Retirada de javalis caçados por profissionais;
- Análise do javali através de amostragem;
- Circulação e corte de árvores autorizada apenas durante o dia.
O território valão que rodeia estas 3 zonas está sujeito a medidas de vigilância:
- Autorização de caça, movimento e corte de árvores;
- Vigilância passiva;
- Procura activa de cadáveres de javalis que são analisados sistematicamente;
- Relatório obrigatório de qualquer javali encontrado morto que deverá ser analisado;
Para além destas áreas, há a obrigação de informar o aparecimento de algum javali que apareça morto cada através do Centro de Chamadas 1718 da Valónia para ser analisado.
Estas medidas são prorrogadas até 14 de Novembro. O seu objectivo é eliminar todos os cadáveres de javalis que estão a actuar como fontes de contaminação, deter a propagação do vírus através da colocação estratégica de cercas e reduzir drasticamente a densidade de javalis para erradicar o vírus.
A instalação de cercas respaldada pela Comissão Europeia não significa isolar ou confinar um determinado território. A colocação de cercas em lugares estratégicos é uma ferramenta de gestão complementar que permite a fragmentação do território ao travar o movimento dos javalis. A partir de 3ª feira, serão instalados os primeiros dispositivos.
A destruição de javalis fica activada na zona de observação reforçada. Na mesma área, a circulação e a exploração florestal são novamente permitidas, mas apenas durante o dia. Em relação à actividade florestal na zona tampão, prevê-se a possibilidade que os profissionais florestais obtenham excepções individuais sob rígidas condições de biossegurança.
Sexta-Feira, 12 de Outubro de 2018/ René Collin/ Bélgica.
http://www.rene-collin.be