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PSA na Ásia: desafios e oportunidades para os exportadores de carne

Em 2019, espera-se uma redução na produção de carne de porco na China de 25% a 35% em resposta aos focos de PSA. Os relatórios de perdas extremas (mais de 50%) limitam-se a áreas concretas.

15 Abril 2019
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De acordo com o Rabobank, as perdas de produção devidas à Peste Suína Africana (PSA) eclipsaram as estimativas iniciais. O déficit da produção de carne de porco chinesa, juntamente com o déficit no sudeste asiático, criará desafios e oportunidades para os exportadores de proteínas animais.

PSA na China: perdas severas

Desde a sua descoberta em Agosto de 2018, a PSA propagou-se a todas as Províncias da China continental. Esperam-se perdas na produção de carne de porco na ordem dos 30%, quase 30% mais do que a produção anual de carne de porco dos EUA e equivalente à oferta anual de carne de porco da Europa.

À medida que o Governo Chinês diminuiu as restrições sobre o movimento de animais (e carne de porco), os preços regionais convergiram, mas aumentaram em linha com a diminuição do efectivo suinícola (ver figura).

Convergência dos Preços regionais dos suínos em função da redução das restrições da movimentação de animais

A recuperação do efectivo suinícola da China será lenta e levará anos. Os produtores mantêm-se cautelosos dado o risco de reinfecção e centram-se em melhorar a biossegurança nas explorações.

Mudança secular no consumo de proteínas

O Rabobank espera que os fornecimentos globais de proteínas disponíveis se redirijam para a China num esforço por satisfazer o crescente déficit de proteínas. Esta alteração sem precedentes no comércio provavelmente criará um déficit inesperado de produtos nos mercados aos que anteriormente serviam estes fornecedores, o que gerará uma volatilidade no mercado a curto prazo que, em última instância, terá como resultado preços globais mais elevados da proteína. Uma mudança secular para um menor consumo de carne de porco chinesa apoiará uma maior procura de aves de capoeira, carne de bovino, mariscos e proteínas alternativas que darão forma às tendências de produção global.

Oportunidade para os exportadores

As empresas de carne com um excedente exportável e acesso aos mercados na China e no Sudeste Asiático beneficiarão dos impactos da PSA. A UE, os EUA e o Brasil parecem estar bem posicionados para responder à maior procura de importação de carne de porco e outras proteínas animais por parte da China e do Sudeste Asiático. Se bem que, no caso da UE, a presença da PSA nalguns países implica que não se possa descartar a possibilidade de que os focos restrinjam as exportações de importantes países produtores de carne de porco, complicando a resposta comercial perante a PSA na China e no Sudeste Asiático.

Os Estados Unidos são um importante produtor e exportador de carne de porco, mas as taxas aduaneiras actuais sobre as exportações de carne de porco dos Estados Unidos para a China estão a restringir o comércio actual. Além disso, os EUA. são um grande produtor e exportador de aves de capoeira, mas não podem exportar para a China devido a uma proibição associada à Gripe Aviar imposta em 2015.

Abril 2019/ Rabobank/ Holanda.
https://research.rabobank.com

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