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Os surtos de doenças graves podem provocar perdas na produção local, especialmente nos casos em que não exista uma cura, uma vacina ou a existência de vacinas é limitada. Este impacto pode durar algum tempo; no caso da PSA na China, as zonas infectadas têm sido proibidas repovoar com animais durante, pelo menos, seis meses. A segunda área de impacto é o comércio, e isto é possivelmente mais significativo que as perdas de produção. O aparecimento de doenças implica restricções no comércio do país afectado.
As actuais conversações comerciais entre os Estados Unidos e a China, o Brexite o novo Tratado Integral e Progressista de Associação Transpacífico (CPTPP) agregam incertezas na dinâmica do comércio internacional.
O índice de preços da carne de porco, elaborado pelo Rabobank, caiu abaixo do nível médio de 2015-2017, o que reflecte a confiança do mercado.
Outros destaques do Relatório Pork Quarterly Q1 2019 incluem:
Rápida propagação da PSA na China
A PSA apareceu em grandes e modernas explorações. Espera-se que a expansão da produção tenha uma desaceleração notória devido às grandes preocupações sobre as medidas de biossegurança. Se bem que se espere que a oferta de carne de porco seja suficiente no primeiro trimestre, o grande problema da oferta surgirá mais adiante, e espera-se que as importações de carne de porco aumentem substancialmente devido à escassez da oferta local.
UE: Relativamente estável apesar da ameaça da PSA
O mercado da carne de porco da UE mostra sinais contraditórios. Enquanto que as expectativas de maiores importações por parte da China fomentam a expansão da produção, a Bélgica e a Europa de Leste estão afectadas pela PSA. O aumento dos preços dos leitões nos últimos meses indica uma quantidade limitada de leitões, mas também fortes intenções de produção. O Brexit é outro joker para o comércio da UE que se espera que apareça a partir do segundo trimestre.
E.U.A.: crescimento continuo da produção em 2019
Espera-se que a produção de carne de porco aumente 4% em 2019, impulsionada por um maior censo de reprodutoras e por expectativas generalizadas de maior procura por parte da China. Enquanto que as exportações de carne de porco caíram nalguns mercados em 2018, as exportações totais conseguiram crescer marginalmente, impulsionadas pelos fortes envios para o Japão e para a Coreia do Sul. Espera-se que as exportações melhorem em 2019, apesar da incerteza das conversações comerciais entre os Estados Unidos e a China. Os preços do porco continuam a ser fortes, suportados num melhor acesso às exportações.
Brasil: melhores resultados esperados em 2019
Após ter um 2018 difícil e desafiante, a fileira suinícola do Brasil tem perspectivas mais promissoras em 2019. Espera-se que a China impulsione o crescimento das exportações. O recente regresso ao mercado russo, através da recertificação de um número limitado de indústrias, também contribuirá para o aumento das exportações. A procura local tem o potencial de melhorar ainda mais devido ao panorama económico mais positivo.
Janeiro de 2019/ Rabobank/ Holanda.
https://research.rabobank.com/far
