Como é sabido, as autoridades da Federação Russa impuseram um embargo de alimentos a 7 de Agosto de 2014. O embargo inicialmente afectou a UE, os Estados Unidos, a Austrália, o Canadá e a Noruega. Desde Agosto de 2015, a Albânia, o Liechtenstein, a Islândia e o Montenegro foram incluídos nesta lista e desde o início de 2016 a Ucrânia. A proibição afecta uma ampla gama de produtos: carne e produtos lácteos, peixe, legumes, frutas, nozes e sal.
Há duas semanas, o director interino do Serviço de Alfândega Federal (SFA), Ruslan Davydov, sugeriu que o Ministério da Agricultura substitua a lista de produtos específicos proibidos, pela lista de grupos de alimentos completos, segundo publica o Ministério da Agricultura espanhol no seu boletim de notícias do exterior.
O Serviço justificou esta medida pela necessidade de excluir a possibilidade de importar produtos proibidos para a Federação Russa, declarando-os com os códigos de "produtos de cobertura". Devido a esta iniciativa, as azeitonas espanholas, as espadilhas fumadas da Letónia e alguns tipos de presunto, assim como os ingredientes alimentares, continuam sob ameaça de proibição.
O Ministério da Agricultura reconheceu a proposta do SFA como inadequada. É o que afirma a acta da reunião realizada na semana passada por Maxim Titov, Diretor do Departamento de Regulação do Mercado do Sector Agroindustrial, do qual participaram os líderes das mais importantes associações do sector: Associação Nacional de Carnes, União Pesqueira, União dos Produtores de Sumos, etc.
O Ministério da Agricultura reconhece que a proposta do SFA cria riscos para os produtores e transformadores russos e também ameaça a estabilidade do fornecimento alimentar russo à população, de acordo com as actas da reunião. Indicou-se também que este tema requer um estudo mais detalhado em conjunto com os produtores agropecuários e os representantes da comunidade sectorial.
Quinta-feira, 7 de Março de 2019/ Noticias del Exterior-MAPA/ Espanha.
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