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Teste económico para o diagnóstico da Febre Aftosa

Os investigadores conseguiram criar grandes quantidades de integrina αvβ6 bovina no laboratório utilizando uma técnica rápida, que poderá tornar o diagnóstico da Febre Aftosa mais rápido e económico.

1 Setembro 2016
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O vírus da Febre Aftosa (FMDV) tem sete serótipos com uma taxa de mutação alta, pelo que se geram constantemente novas variantes de FMDV. Isto faz com que seja essencial um diagnóstico rápido para vacinar contra o tipo correcto de FMDV e assegurar que as políticas de controlo sejam activadas rapidamente.

Até agora, os testes ELISA requerem o uso de pequenos animais como coelhos ou porquinhos da Índia para produzir anticorpos que se unem ao FMDV permitindo detectá-lo nas amostras. Cada estirpe de FMDV requer anticorpos muito específicos, o que significa que regularmente são necessários novos anticorpos para as novas estirpes.

Trabalhos anteriores demonstraram que se pode utilizar uma proteína chamada integrina αvβ6, em vez de anticorpos, para detectar a presença de FMDV. Recentemente, cientistas do "Pirbright Institute" utilizaram uma integrina αvβ6 bovina truncada (uma versão curta e modificada da proteína) nos testes ELISA.

Os investigadores conseguiram criar grandes quantidades de integrina αvβ6 bovina no laboratório utilizando uma técnica rápida, que poderá tornar o diagnóstico da Febre Aftosa mais rápido e económico, já que uma só integrina poderá identificar todos os tipos de FMDV.

Outra vantagem és que não são necessários animais para produzir a integrina bovina αvβ6. Este é um grande passo em direcção aos 3Rs (aperfeiçoar, reduzir e substituir, pelas suas siglas em inglês) relativamente ao uso de animais em laboratório.

Ainda são necessárias mais experiências para optimizar e validar o uso rotineiro do novo teste.

Os cientistas do "Pirbright Institute" também encontraram uma alternativa ao uso de vírus de aftosa inactivados para gerar controlos positivos, que são utilizados para assegurar que o teste funciona.

Previamente era requerida a produção de vírus de aftosa, o que é muito caro, posto que apenas se pode realizar em laboratórios de alta contenção. Foi demonstrado que as cápsides vazias modificadas do vírus, sem material genético, podem ser utilizadas em vez do vírus inactivado, já que também se unem à integrina e podem ser produzidas sem recorrer a contenção tão elevada. Isto poderá reduzir o custo da produção de controlos positivos e tornar o processo mais rápido e eficiente.

Quarta-feira, 24 de Agosto de 2016 / Pirbright Institute
www.pirbright.ac.uk

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