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UE: o Parlamento pede acções concretas para aliviar a situação do sector suinícola

As margens de lucro no sector da produção suinícola encontram-se em níveis criticamente baixos e as medidas actuais não são suficientes para fazer frente à situação. O Parlamento pede à Comissão Europeia que intervenha directamente para aliviar a pressão sobre os suinicultores.

4 Fevereiro 2022
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O Presidente da Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu, Norbert Lins (PPE, DE) e a maioria dos grupos políticos da comissão enviaram uma carta ao Comissário da Agricultura Janusz Wojciechowski, pedindo que a Comissão Europeia adopte “iniciativas imediatas com o objectivo de paliar a situação negativa e antecipar graves perturbações no sector da produção suína”.

Na produção suína, “o aumento do custo dos factores de produção, em particular das rações, mas também da electricidade e dos serviços veterinários,ol excesso de oferta devido à redução da procura chinesa, pelo abastecimento de outras regiões e o impacto negativo da Peste Suína Africana na exportação, reduziram as margens de lucro para níveis criticamente baixos. O resultado destes efeitos é uma maior pressão sobre o mercado interno que corre o risco de pôr à prova a resiliência do sector”, lê-se na missiva.

“Além disso, o surto de Peste Suína Africana em Itália a princípios de Janeiro é uma notícia muito negativa. A situação poderá piorar ainda mais se colapsar a exportação de produtos suinícolas italianos, especialmente presuntos, em mercados de Países Terceiros”, acrescenta o Presidente do Comité de Agricultura.

A carta adverte para as possíveis consequências de una inacção continua, que poderá conduzir a uma maior concentração da produção suína na UE e à criação de centros de produção industrial de carne de porco com todos os efeitos ambientais, climáticos e de regionalização negativos que são contra os objectivos do "Green Deal" e do "Farm to Fork".

Lins insistiu em que “este é o momento para a Comissão intervir com um forte apoio ao sector através de actividades de promoção não discriminatórias e ad hoc, destinadas a abrir novos mercados e a consolidar os existentes, assim como a intervenção do mercado a nível da UE e esperamos que se faça tudo o que seja possível para conter e erradicar o surto actual”.

28 de Janeiro de 2022/ Parlamento Europeu/ União Europeia.
https://www.europarl.europa.eu/

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