Numa resolução aprovada no dia 15 de Junho, com 447 votos a favor, 142 contra e 31 abstenções, o Parlamento insiste em que a UE deve reduzir a sua dependência de terceiros e diversificar a origem das importações-chave para a produção, como é o caso dos fertilizantes, das rações e das matérias-primas. Os Eurodeputados pedem um plano de segurança alimentar, baseado nas reservas alimentares, numa estratégia para as proteínas e rações e pedem apoio financeiro para os agricultores.
Disponibilizar financiamento para que os produtores possam ter acesso a tecnologias digitais e à agricultura de precisão será chave para elevar o rendimento e reduzir o uso de pesticidas e o consumo de água, sublinha o texto. O Parlamento também coloca a possibilidade de haver um novo programa europeu para modernizar as instalações de rega e impulsionar novas infraestruturas para a gestão hídrica.
Os Eurodeputados reclamam para que haja campanhas contra o desperdício alimentar, e apoio aos Estados Membros para o prevenir, para além de instar os supermercados a abordar esta questão e a colaborar com os bancos alimentares.
Os Eurodeputados constatam que o Pacto Verde Europeu se pode converter num ponto de inflexão na transição da UE para uma economia e agricultura mais verde, sustentável e resiliente, mas assinalam que algumas das medidas propostas podem ter efeitos indesejados na produção agrícola, ainda não avaliados em detalhe. A Comissão deve garantir que, na aplicação do Pacto Verde, «se mantenham a actividade e a iniciativa empresarial agrícolas em toda a União desde o ponto de vista estratégico em termos de segurança alimentar».
15 de Junho de 2023/ PE/ União Europeia.
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