Um estudo publicado pela Comissão Europeia mostra a existência de novas oportunidades para o mercado europeu de proteínas vegetais. O estudo conclui que o aumento da procura do consumidor por produtos alimentícios orgânicos e não geneticamente modificados, combinado com um aumento no número de dietas flexitárias, vegetarianas e veganas expandirá os mercados vegetais e de proteínas vegetais processadas. Dado este ambiente potencialmente favorável, o relatório analisou o efeito das actuais medidas políticas da UE no âmbito da Política Agrícola Comum (PAC) e fez uma série de sugestões sobre possíveis iniciativas políticas para incentivar o crescimento do sector.
Embora a procura global esteja a crescer, a UE produz actualmente um volume relativamente pequeno de proteínas vegetais para a alimentação animal. Isso deve-se principalmente à competitividade comparativa da soja no mercado, especialmente para rações, e à falta de boas condições climáticas para o crescimento da soja na UE. No entanto, mudanças nos padrões de procura do consumidor, com maior foco em alimentos livres de transgénicos, podem abrir novas opções para os agricultores europeus nos próximos anos.
Esse padrão de mudança na procura do consumidor que afecta o mercado de alimentos proteicos vegetais também foi observado em mercados de alimentos onde houve considerável inovação nos últimos dez anos. Isso responde à crescente procura por produtos vegetarianos / veganos e alimentos sem glúten. Apesar da pequena escala do mercado em comparação com os alimentos (apenas 6% de todas as proteínas vegetais acabam como produtos alimentares), o valor acrescentado destes produtos tende a ser consideravelmente maior, o que apresenta oportunidades para os produtores europeus.
Embora o estudo não pudesse formular uma recomendação política específica, sugeriu que os esforços da UE para promover a produção de proteínas vegetais europeias se concentrassem na inovação e no fornecimento da infra-estrutura necessária para armazenamento, segregação, classificação e descascamento de proteínas vegetais sem depender de combustíveis fósseis.
Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019/ CE/ União Europeia.
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