Um novo relatório do Painel de Especialistas sobre Azoto e Alimentação, do Grupo de Trabalho sobre Azoto Reactivo, quantificou pela primeira vez o montante como nossas escolhas alimentares afectam as emissões de poluentes de azoto, as mudanças climáticas e uso do solo em toda a Europa.
A Avaliação de Azoto Europeia (ENA, pela sua sigla em Inglês) identifica a agricultura como a principal fonte de perdas de azoto. Apesar da relativamente alta eficiência do azoto da agricultura na UE, o montante total estimado de perda de azoto reactivo ascende a 6,5-8 milhões de toneladas por ano, o que representa cerca de 80% das emissões de azoto reactivo a partir de todas as fontes. Estas perdas são principalmente azoto encontram-se principalmente sob a forma de amoniaco para a atmosfera, de nitrato para águas subterrâneas e superficiais e óxido nitroso (um gás de efeito estufa).
De acordo com os resultados obtidos, a produção pecuária tem uma elevada participação nas perdas de azoto. Cerca 79-88% do total das emissões relacionadas com a agricultura da UE de amoniaco, nitrato e óxido nitroso estão relacionados com a produção pecuária. Nestes valores para a produção pecuária estão incluídas as emissões relacionadas com a produção de rações (por exemplo, cereais e culturas forrageiras).
Há grandes diferenças entre os géneros alimentícios em termos de perda de azoto por unidade de proteína produzida. Para alimentos de origem vegetal, como cereais, as perdas são relativamente baixas, enquanto produtos pecuários têm perdas mais elevadas. As perdas de azoto por unidade de proteína de carne são mais de 25 vezes superiores às dos cereais. Para carne de porco de aves, ovos e produtos lácteos, as perdas são de 3,5 a 8 vezes maiores que as dos de cereais. Os valores correspondentes para a eficiência no uso do azoto (EUN) são mais baixos para a carne e produtos lácteos (5-30%) em comparação com as matérias-primas de origem vegetal (45-75%).
Sexta-feira, 25 de Abril de 2014/ CLRTAP-TFRN.
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