Para 2017 está previsto que a produção suína da UE diminua ainda mais devido à diminuição do efectivo de porcas reprodutoras e à falta de disponibilidade dos leitões. Segundo o inquérito sobre gado de Dezembro de 2016, o número de porcos de engorda (todas as categorias) na UE diminuiu em 360 000 cabeças e o número de leitões em 374 000 cabeças. Estes valores gerais ocultam amplas discrepâncias entre os Estados Membros. Espera-se que a produção de carne de porco da UE, em 2017, diminua ligeiramente, cerca de 23,4 milhões de toneladas (-0,3%), e se estabilize em 2018 impulsionada por exportações sustentáveis e boas margens.
O nível actual das exportações da UE para a China deve ser considerada como uma oportunidade a curto prazo e não como uma constante a médio prazo. Outros exportadores importantes para a China são os Estados Unidos e o Canadá, que estabeleceram com as autoridades chinesas o estado de livres de ractopamina das suas exportações de carne de porco. Em 2017, espera-se que as exportações de carne de porco da UE diminuam 9%, mas se mantenham acima dos 2,5 milhões de toneladas, devido principalmente às menores exportações para a China. Está previsto que a proibição das importações para a Rússia, introduzida em Março de 2014, se mantenha vigente durante o periodo das perspectivas (até 2018).
Apesar de um breve relançamento, os preços das rações, especialmente a soja, baixaram novamente, reduzindo os custos de alimentação e melhorando a rentabilidade da produção de carne de porco.
O consumo de carne de porco na UE alcançou os 32,4 kg per capita em 2015, quase 1 kg por acima de 2014. Em 2016, a possibilidade de exportar para a China e a desaceleração da produção da UE permitiram reduzir a carne de porco no mercado da UE. O consumo per capita diminuiu significativamente em 2,4% (31,5 kg per capita) e espera-se que se estabilize em 2017 e 2018.
Quinta-feira, 9 de Março de 2017/ DG Agriculture/ União Europeia.
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