Para o mercado de culturas herbáceas, o relatório prevê uma diminuição da superficie cultivável utilizada na UE de 107 milhões de hectares em 2017 para 104 milhões de hectares em 2030, o que limita a expansão da produção. O relatório dedica especial atenção às culturas utilizadas como biocombustíveis, um sector que será provavelmente de grande importância no periodo até 2030 já que a UE procura reduzir o seu consumo de combustíveis fósseis e cumprir com os seus objectivos de redução de emissões. No entanto, com o debate ainda em curso sobre a eficiência dos biocombustíveis para ajudar a cumprir estes objectivos, o relatório prevê que o uso de biocombustíveis dentro das diferentes energias usadas para os transportes em geral se manterá estável, em torno de 5,7% em 2030 (comparado com o 5,6% em 2017).
O relatório também prevê que a produção de cereais na Europa continuará a crescer, alcançando os 341 milhões de toneladas em 2030, partindo do nível actual de cerca de 301 toneladas métricas. É provável que este crescimento seja impulsionado principalmente pela procura de alimentos, boas oportunidades de exportação e um aumento nos usos industriais dos cereais. Por outro lado, será restringido pelo limitado potencial de expansão da área e um aumento mais lento do rendimento na Europa em comparação com outras regiões do mundo.
A procura de carne deve manter-se estável na UE e em todo o mundo, segundo o relatório, e espera-se que a produção de carne da UE chegue às 47,5 toneladas em 2030 relativamente às 47,3 toneladas em 2017. Mas o relatório adverte que os produtores poderão enfrentar preços mais baixos nos próximos anos devido ao aumento da competição, mas também devido aos preços das rações relativamente baixos ou a sua estabilização no final do periodo compreendido nas perspectivas devido à ampla oferta que cobre a crescente procura mundial.
Carne de porco
Graças ao auge das exportações para a China, os preços da carne de porco recuperaram em 2016. A produção de carne de porco aproveitou esta oportunidade a curto prazo, mas espera-se a sua expansão marginal em 2030. Isto deve-se à estabilização do consumo e à competição no mercado mundial.
Espera-se que a produção de carne de porco da UE diminua em menos de 1% na UE15 mas que aumente na UE13 em quase 235.000 t (7%) para o ano 2030.
Em relação à procura mundial de importação de carne de porco, espera-se que cresça mas mais lentamente que na década anterior (+560.000 t), alcançando os 8,4 milhões de toneladas em 2030, principalmente por parte dos sócios comerciais da UE na Ásia e África sub-sahariana. O nível de procura da China, após a restruturação do seu sector interno é um factor de incerteza que pode ter um grande impacto no mercado mundial da carne de porco.
Espera-se que as exportações da UE cheguem a quase 2,8 milhões de toneladas no final do periodo das perspectivas, o que representa cerca de 34% do comércio mundial de carne de porco (em comparação com 37% em 2016). Isto também reflete a crescente dependência das exportações do mercado porco da UE, que se espera que aumente de menos de 9% ao 12% da produção total para 2030.
Segunda-feira, 18 de Dezembro de 2017/ DG Agricultura/ União Europeia.
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