As novas cifras publicadas, em Bruxelas, pelo Copa e pela Cogeca mostram que se prevê que a produção de cereais na UE aumente este ano 0,4% em comparação com 2016 e que a produção de oleaginosas cresça 1,6%, principalmente devido a melhores condições climáticas nalguns países.
Durante a reunião, o Presidente do grupo de trabalho Cereais do Copa-Cogeca, Max Schulman, disse "Este ano espera-se que a colheita de cereais da UE aumente 0,4 % relativamente aos níveis do ano passado para se situar em 298 milhões de toneladas, ainda que continue a ser inferior à média quinquenal. Isto deve-se, principalmente, às condições climáticas mais favoráveis nalguns Estados Membros em comparação com os fenómenos meteorológicos catastróficos que tivemos o ano passado. Não obstante, este ano alguns países foram afectados pela geada e pela seca, particularmente a França e os Estados Membros do Sul; e prevê-se que estas diferenças nas condições se irão repercutir na qualidade da produção da UE. As previsões favoráveis nos Estados Unidos, Canadá e Cazaquistão também poderão incidir no equilíbrio do mercado. Contudo, as existências de cereais continua a ser baixas e os agricultores questionam a exactidão do nível das existências na UE porque o sector pecuário encontra algumas dificuldades para obter as quantidades que necessita.”
O Vice-Presidente do grupo de trabalho Oleaginosas e Proteaginosas do Copa-Cogeca, Mike Hambly, destacou "Espera-se que a produção de oleaginosas da UE aumente 1,6 % este ano para atingir 32,2 milhões de toneladas. A produção de colza da UE recuperou o seu nível médio de 21 milhões de toneladas, garantindo aos produtores pecuários europeus a possibilidade de incorporar suficientes proteínas na dieta dos seus animais. Assistimos, este ano, a uma transição para a produção de colza de inverno devido a melhores condições climáticas durante aquela estação, o que explica os níveis de produção mais elevados e melhores rendimentos. Não obstante, os produtores encontram-se encurralados entre os baixos preços e os elevados custos de produção em consequência da suspensão do uso dos tratamentos das sementes com neonicotinóides, pelo que a superficie de oleaginosas não pôde aumentar. Se não se podem tratar as sementes com neonicotinóides e há falta de produtos alternativos, os agricultores ver-se-ão obrigados a recorrer com maior frequência a tratamentos de pulverização para as suas culturas, o que implicará um grande aumento dos custos”.
Terça-Feira, 4 de Julho de 2017/Copa-Cogeca/ União Europeia.
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